Resenha: livro Mario Prata entrevista uns brasileiros, Mario Prata

 Olá pessoal, tudo bem? O livro da resenha de hoje é Mario Prata entrevista uns brasileiros, escrito por Mario Prata e publicado pela editora Record em 2015.

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 O livro contém 22 entrevistas fictícias feitas pelo autor com pessoas que, de alguma forma, fazem parte da história do Brasil. Catorze das entrevistas haviam sido publicadas em 2013 na Revista Brasileiros, outras 8 são inéditas para o livro.

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Tiradentes: a corda (não) arrebentou do lado mais fraco. Arrebentou!

 O livro é dividido por entrevistas, cada uma começa com uma página preta, onde constam o nome do entrevistado, acompanhado de algum comentário referente ao que encontraremos na entrevista, o local e a data em que o entrevistado nasceu e morreu.

 No meio das entrevistas, há uma ilustração/caricatura do respectivo entrevistado, feita por Lézio Junior. Nas caricaturas, podemos encontrar elementos citados nas entrevistas, o que tornam as imagens ainda mais engraçadas. Abaixo, vocês podem ver Dom Pedro I tomando uma caipirinha e tocando um atabaque!

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 Dom Pedro I 

 Alguém aí imagina que Dom Pedro I gostava de música? O que eu não sabia foi que ele teve 19 filhos! Estes 19 que estão listados no livro, são fruto de seus 2 casamentos e de algumas relações extraconjugais. E deve ter alguns nomes que ficaram de fora da lista.

 A entrevista que mais me tocou, foi a feita com Chico Rei, negro nascido no Congo em 1714 e trazido para o Brasil para ser escravo. Perdeu a mulher e a filha na travessia de navio. Ele conseguiu comprar sua carta de alforria e depois se dedicou a conseguir alforriar outros escravos, que haviam vindo junto com ele.

 "- E é que os campos de concentração não eram muito diferentes das senzalas." - Chico Rei (página 82)

 O livro inicialmente se propõe a divertir, ser engraçado, mas também faz críticas ao passado e ao presente do nosso país, nos permitindo refletir sobre diversas questões.

 "Os franceses sempre tiveram bom gosto e bom vinho. Vinho este que traziam aos barris para os caciques tamoios. 'Afaste de mim este cálice de vinho tinto de sangue', cantaria um garoto ali mesmo, na baía de Guanabara, séculos depois, quando os inimigos da pátria eram outros." - Trecho da entrevista com o índio Arariboia (página 56)

 "- (...) Aprenda a não levar a mídia muito a sério. Nem os livros didáticos. Principalmente os adotados durante regimes militares." Madame Lynch (página 180)

 Eu já conhecia a maioria dos entrevistados pelas aulas de história no colégio ou por alguma coisa que vi na TV, mas alguns nomes demoravam um pouquinho para serem identificados por mim. Foi assim com Maria Quitéria, que fugiu de casa e se disfarçou de homem para se alistar no Exército, foi a primeira mulher a entrar para as Forças Armadas Brasileiras.

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Maria Quitéria

 Quando vemos um nome no livro de História, talvez não nos demos conta de que se trata de uma pessoa exatamente como nós, mas que fez alguma coisa que mereceu ser contada através dos séculos. Os fatos podem ser aumentados ou distorcidos, tornando aquela pessoa um mito, mas não deixa de ser alguém que era tão humano quanto nós. Dona Maria I (a mãe de Dom João VI, avô de Dom Pedro I) leva a alcunha de "a louca" em nosso país, mas vocês sabiam que ela teve que suportar a perda de vários de seus filhos? O livro acaba humanizando um pouco os personagens entrevistados.

 " - (...) O segundo filho, o João, nasceu morto. Olha a dor. Tive um segundo João, que nasceu em setembro de 63 e morreu 24 dias depois. Eu, firme. (...)
- E o tio Pedro, meu marido, a fornicar. Em 74 nasceu Maria Clementina, que morreu com 2 anos. E, para fechar esta parte da minha vida, em 76 nasceu Maria Isabel, que morreu com 6 meses. É pra enlouquecer ou não? E eu no governo! Despachando! E não tinha esse negócio de primeiro-ministro como a rainha Elizabeth II, não. Era eu. Tudo eu!" (página 112) Dona Maria I, a louca

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 Charles Miller é o último entrevistado do livro (e a caricatura mais fofinha!). Eu me pergunto, se ele não tivesse trazido o futebol para o Brasil, como estaríamos hoje?

 Nem só pessoas reis estão na obra, há uma entrevista com Dom Casmurro, personagem famoso, criado por Machado de Assis. Antes de cada entrevista, o autor faz alguns comentários sobre o entrevistado, vejam o que ele diz sobre Dom Casmurro:

 "Existe uma discussão mais que centenária, desnecessária e quase idiota na literatura brasileira: Capitu traiu Bentinho?
(...) Depois cheguei a ler mais umas duas ou três vezes e comecei a desconfiar de que faiscava alguma fumaça entre Bentinho e o Escobar, desde o tempo do internato, do seminário." (página 201) Dom Casmurro

 É o Mario Prata que está dizendo! Li o livro de Machado de Assis na adolescência, na escola, mas por vontade própria. Quero reler para ter um entendimento melhor sobre a obra.

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Mario Prata, caricatura

 Além da boa revisão, o livro tem uma capa bem bonita, as páginas são brancas e de um material mais grosso. A diagramação está ótima, com margens, espaçamento e fonte de bom tamanho.

 Num geral, eu gostei bastante do livro. Uma leitura que mostra nossa história de uma forma divertida.

 Detalhes: 248 páginas, ISBN-13: 9788501104274, Skoob (média de notas: 4,3/5, minha nota: 4/5). Onde comprar online: CulturaSaraiva.

 Por hoje é só, foi difícil escolher apenas alguns entrevistados para citar e não colocar fotos de todas caricaturas, e espero que vocês tenham gostado da resenha. Alguém aí já conhecia o livro ou o autor?


Até o próximo post!

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Lançamentos: Editora Butterfly

 Olá pessoal, tudo bem? No post de hoje, venho mostrar dois lançamentos da Editora Butterfly:

livro, Ora Bolas, Vanessa Franco Peretti, livro de colorir
Ora Bolas
Vanessa Franco Peretti
ISBN: 978-85-68674-04-8
Páginas: 30
Formato: 25x25

Um livro diferente de todos que você já viu.

Sinopse: Você vai se divertir com o fascinante mundo das formas dos animais. Nesta obra, a artista Vanessa Franco Peretti criou desenhos a partir um padrão de cores e círculos batizado por ela de Bollidraws, conceito gráfico que une muitas curvas e movimento. São 30 belos desenhos, impressos em papel de alta gramatura, em folhas soltas que poderão ser emolduradas, tornando-se belos quadros de decoração.

Vanessa Franco Peretti
Sobre a autora Vanessa Franco Peretti: Artista gráfica, formada em Arquitetura e Urbanismo e pós-graduada em Designer Gráfico pela Belas Artes (SP). Ilustradora por opção e apaixonada por cores e ideias inovadoras, tem a arte em seu DNA. Já desenvolveu trabalhos internacionais e foi premiada em diversos concursos. Entre as muitas das habilidades que desenvolve para o mercado é, também, lançadora de moda. Bollidraws® é uma marca registrada da artista.



livro, Despertando vidas, Dr. Fabio Gabas
Despertando vidas
Dr. Fabio Gabas
ISBN: 978-85-68674-03-1
Páginas: 216
Formato: 16x23 cm
Compre na loja da editora.

Um novo conceito para uma vida mais saudável!

Sinopse: Despertando vidas apresenta exercícios e técnicas para melhorar significativamente sua saúde física e emocional, disposição e energia. Você poderá modificar seus estados emocionais, valores, crenças e níveis de consciência que determinam sua percepção de mundo e, consequentemente, ganhar qualidade de vida. Por meio de um modelo de alimentação e de condicionamento físico elaborado a partir dos princípios que regem uma função celular ideal, descubra como desfrutar de mais bem-estar com menos esforço.

Fábio Gabas
 Sobre o autor: Fábio Gabas, graduado em Medicina pela Faculdade de Medicina de Catanduva (SP) em 1998, é médico clínico com especialização em medicina preventiva e integrativa, com prática ortomolecular. Faz parte do corpo clínico da Clínica Healthy, em São Paulo, e da Clínica Dr. Gabas, em Catanduva. É membro da A4M (American Academy of Anti-Aging Medicine), sócio-diretor da empresa HeartMetrix e idealizador do Programa Despertando Vidas, com atuação em todo o Brasil. Fábio Gabas é parceiro do Instituto HeartMath, de Bolder Creek, na Califórnia (Estados Unidos), pioneira nos estudos de coerência cardíaca. Além de palestrante e autor, Fabio Gabas é responsável pelas revisões técnicas dos livros A Biologia da Crença e Evolução Espontânea, de Bruce Lipton, PhD.


 Gostaram dos lançamentos? Resenhei recentemente o outro livro para colorir da Editora Butterfly: O mundo encantado das cores, para quem quiser conferir é só clicar aqui.

 Conheçam o site da editora: www.editorabutterfly.com.br .

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Resenha premiada: livro Quando o amor e o destino se encontram, Izabel Gomes

 Olá pessoal, tudo bem? O livro da resenha de hoje é Quando o amor e o destino se encontram, escrito pela Izabel Gomes e publicado pela Editora Petit em 2015.

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 A história se passa na década de 80 e é narrada em terceira pessoa. O livro começa com Mário Pedrosa voltando do enterro de sua esposa, Elizabete, com quem ele tinha uma filha: Mariana, de 7 anos. Todos estavam muito tristes, exceto Violeta, a mãe de Mário. Ela nunca gostou da nora, aliás, a única pessoa de quem ela parecia gostar, era o filho, tanto que maltratava sua própria neta quando ele não estava presente.

 "- Linda? - debochou Violeta, dando sonora gargalhada logo em seguida. - Como pode chamar uma boneca dessas de linda? Ela é negra! É horrorosa, isso sim! E seu pai só a presenteou com ela porque você pediu! Onde já se viu, pedir uma boneca negra?!
 - Eu já tenho muitas bonecas brancas e não tinha nenhuma negra. Por isso pedi ao meu pai. Para mim, ela é tão linda quanto as outras.
 Violeta deu um sorrisinho irônico e disse:
 - Quero só ver qual será a próxima que pedirá. Uma aleijada, como você?" (página 138)

 Por ter tido poliomielite aos 2 anos, a pequena Mariana precisava de uma cadeira de rodas para se locomover, além de necessitar de cuidados especiais. Com a morte de Elizabete, Violeta estava procurando uma babá para a menina, já que a anterior havia saído do cargo. Foi aí que Sofia entrou na história. Ela era uma jovem estudante de enfermagem, filha de uma conhecida de Violeta, uma candidata qualificada para o emprego, porém, bonita, educada e gentil, assim como a falecida Elizabete, e Violeta, com toda sua obsessão doentia pelo filho, não correria o risco de vê-lo encantado pela jovem.

 Como não encontrou outra pessoa para a vaga, Violeta decidiu contratar Sofia, mas montou um esquema para que a babá e Mário nunca se encontrassem, fazendo com que a jovem só chegasse na casa dos Pedrosa quando ele já tivesse saído para o trabalho e sempre fosse embora antes de ele voltar. Sofia e Mariana se deram bem logo de cara, afinal, como não se encantar por uma garotinha tão simpática e esperta como a pequena Mariana? Era como se as duas já se conhecessem há muito tempo!

 Tudo ia bem, até que a menina teve uma febre e o médico, não encontrando uma explicação imediata para o caso, solicitou que alguns exames fossem feitos. Como a febre havia baixado, Violeta disse que os exames eram desnecessários, mas Sofia, sendo uma futura enfermeira, sabia que os exames precisavam ser feitos. A única chance de a menina fazê-los, era se o pai autorizasse, Violeta não iria contra uma ordem dele. Então, Mariana teve a ideia de Sofia escrever uma carta para Mário, explicando a situação. E essa foi a primeira de uma série de cartas que eles trocaram. E, desde a primeira linha, houve uma identificação entre eles, uma afinidade.

 Quando Violeta descobriu que seu plano de manter a babá longe do filho havia falhado, ficou furiosa e se tornou ainda mais cruel, sendo capaz de maldades enormes para se livrar de Sofia, prejudicando até mesmo a própria neta! Mas Mariana, Sofia e Mário não estavam totalmente desamparados em relação às maldades de Violeta, eles contariam com o apoio de amigos e familiares vivos e mortos, encarnados e desencarnados, para vencerem as dificuldades que apareceriam.

 Mesmo antes de trabalhar para os Pedrosa, Sofia tinha sonhos frequentes com um casal do século 19, era uma  bonita história de amor, mas que sempre terminava de forma trágica. E com a ajuda de seu tio Breno, que era espírita, ela começou a tentar desvendar o sentido desses sonhos, que pareciam estar ligados com as situações que ela e a família de Mariana estavam passando.

 "O espiritismo é uma doutrina totalmente fundamentada nos princípios de Cristo." (página 68) 

 Que eu me lembre, Quando o amor e o destino se encontram foi o primeiro livro espírita que li, já havia lido outras obras em que os temas vidas passadas e reencarnação apareciam, mas sempre voltadas mais para fantasia e a ficção fantástica. A capa bonita, a sinopse e o fato de ter um contexto histórico, me fizeram querer ler Quando o amor e o destino se encontram, e foi uma leitura muito agradável. A autora soube mesclar bem a trama com os ensinamentos espíritas. Eu sou católica, mas em nenhum momento me senti desconfortável ou provocada pelo que estava escrito no livro. Como uma velha professora minha gostava de falar: "Conhecimento não ocupa espaço!", foi bom conhecer os conceitos e entender um pouco da forma como os espíritas enxergam a vida e o que há além dela.

 O livro é bem grande, tem mais de 400 páginas, e acontece bastante coisa na trama, de forma que eu poderia ficar falando sobre a história e os personagens por muito tempo, mas a resenha ficaria enorme. Violeta foi uma vilã assustadoramente malvada, fiquei abismada com até que ponto ela foi capaz de chegar. Sofia era a típica boa moça, mas gostei de ela ser boa, mas não ser boba. O fato de Mário amar e acreditar na filha e não se deixar manipular pela mãe, me agradou muito. Os personagens secundários também foram interessantes e bem construídos, e gostei bastante do final.

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 Na parte visual, Quando o amor e o destino se encontram é um livro muito bonito. A capa é linda, condiz com a história e gostei das cores escolhidas. As páginas são brancas e a diagramação é ótima, com margens, espaçamento e letras de bom tamanho; e a revisão está muito bem feita. A Editora Petit fez um ótimo trabalho!

 "- Exatamente. E devemos respeitar a todos! Não adianta insistir, porque cada indivíduo é detentor de sua própria razão e verdade. São valores adquiridos ao longo da vida atual e das passadas também. Ou seja, cada um está em um nível evolutivo próprio. E, sendo assim, não se pode dar algo a quem não está disposto nem preparado para receber, da mesma forma que não podemos cobrar daquele que não está em condições de nos dar." (página 73)

 Detalhes: 408 páginas, ISBN-13: 9788572532907, Skoob (média de notas: 4,7/5, minha nota: 4/5). Acesse o site da editora: www.petit.com.br. Onde comprar online: loja da editoraSaraiva

 No final do livro, há a sugestão de dividir a história com alguém, seja indicando, presenteando ou emprestando o livro para outra pessoa. Gostei da ideia e decidi sortear o exemplar que li entre os leitores do blog. Para participar, basta ser seguidor do blog (pelo Google Friend Connect, ali na barra lateral),  comentar na resenha (comentários sem conteúdo não serão aceitos, válido um comentário por pessoa), e confirmar a participação no formulário do Rafflecopter abaixo (se o formulário não estiver aparecendo, você pode acessá-lo clicando aqui, caso não saiba como utilizá-lo, veja um tutorial clicando aqui). Há algumas chances extras no formulário para quem acompanha o blog pelas redes sociais e para quem compartilhar a promoção no Twitter ou Facebook.

 Regulamento:
 - Ao final do sorteio, o ganhador deverá responder ao e-mail que enviarei, em até 96 horas (4 dias), com seu endereço completo. Caso contrário, o sorteio será refeito.
 - Ter endereço de entrega no Brasil.
 - Inscrições até 27/08/2015.
 - Resultado do sorteio: 28/08/2015.
 - O envio do prêmio é de responsabilidade do blog e será feito em até 30 dias após o recebimento dos dados do sorteado.
 - Não nos responsabilizamos por danos ou extravio dos Correios.

 Alguma dúvida? Boa sorte a todos!

 Por hoje é só; espero que vocês tenham gostado da resenha. Alguém aí já leu Quando o amor e o destino se encontram?

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Resenha: livro "Palavras de um sonho", Tiago Pereira

 Olá pessoal, tudo bem? O livro da resenha de hoje é Palavras de um sonho, escrito pelo jovem português Tiago Pereira e publicado em 2015 pela Chiado Editora.

Livro Palavras de um Sonho, Tiago Pereira

 Palavras de um sonho foi um livro de poesias que eu gostei muito de ler. Ele tem apenas 88 páginas, com um poema em cada uma, em algumas há apenas uma frase ou pensamento. Escolhi 4 dos meus poemas preferidos para mostrar para vocês, foi uma tarefa bem difícil, já que gostei de muitos. 

 "A saudade que preferíamos não ter sentido". Como a saudade dói, não é mesmo? Mas se sentimos saudade, é porque estamos vivos e vivemos algo bom.

Saudade, Tiago Pereira

 "Conto o tempo que passa, até que consiga encontrar-me. Nem perto nem longe dos que amo... Basta encontrar-me." Pude perceber na obra, que alguns poemas falam sobre a vontade de descobrir, de conhecer, e essa vontade é mais importante do que o próprio conhecimento.

O tempo que passa, Palavras de um sonho

 "Deixa, pois, uma coisa de ser bela, se ousarmos por hipótese afirmar que tudo sabemos dela." Em "Sei das coisas", fica mais evidente o fascínio do autor pelo desconhecido, pelo novo, pelo o que está por vir.

Sei das coisas, Palavras de um sonho

 Como está no próprio título, os poemas trazem palavras de um sonho, e são os sonhos que nos movem.

Faces da Existência, Palavras de um Sonho

 Eu gosto de ler poesias quando as palavras lidas transmitem algum significado, quando consigo me identificar com o que está escrito, e os poemas de Palavras de um sonho, além de serem bons de se ler, tem um sentido, passam uma mensagem (ainda que cada leitor possa encontrar significados distintos em cada verso). É um livro que vale a pena ler e ter na estante para poder reler sempre que quiser.

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Sinopse e contracapa Palavras de um Sonho, Tiago Pereira
Palavras de um Sonho, Tiago Pereira

 Achei a parte visual do livro bem bonita; gostei da capa, da combinação do preto e do dourado. A diagramação está ótima, com margens, espaçamento e fonte de bom tamanho, e as páginas são amareladas. Antes de começar a leitura, dei uma pesquisada sobre a obra na internet e, além de uma página super legal no Facebook (que merece ser curtida e onde é possível conferir mais alguns trechos do livro), encontrei o teaser do livro no YouTube, e achei tão bonito que tinha que compartilhar com vocês: 



 Detalhes: 88 páginas, ISBN-13: 9789895124282, Skoob. Onde comprar online: site da editora.

 Por hoje é só, espero que vocês tenham gostado da minha pequena resenha. Quem aí já conhecia Palavras de um sonho? Gostaram dos poemas escolhidos por mim?

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Resenha: livro "Lolita", Vladimir Nabokov

 Olá pessoal, tudo bem? O livro da resenha de hoje é Lolita, escrito pelo russo Vladimir Nabokov e publicado inicialmente na década de 50, uma obra polêmica e que se tornou um clássico.

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 Lolita é narrado em primeira pessoa, por Humbert, um europeu na casa dos 40 anos. Ele nos conta um pouco de como foi sua vida até o dia em que alugou um quarto na casa de Charlotte Haze, numa pequena cidade dos Estados Unidos.

 Humbert sentia atração por ninfetas (garotas no início da adolescência). E o fato da viúva Charlotte Haze ter uma filha de 12 anos, que se encaixava no perfil de ninfeta, fez com que Humbert decidisse ficar morando na casa dela. Ele acabou se casando com Charlotte, que veio a falecer, deixando-o como padrasto da garota, que tinha o apelido de Lolita.

 Eu já havia ouvido falar muito no livro, o que me fez ficar curiosa para lê-lo. A história foi diferente do que minhas expectativas sugeriam. Eu esperava uma Lolita mais "lolita", no sentido que o termo passou a ter no imaginário popular, e no entanto, a personagem era uma garota comum, vítima de um homem doente.

 No começo do livro, Humbert afirma que gostava de Lolita por ela ser uma ninfeta, e que quando a menina crescesse e seu corpo se desenvolvesse, provavelmente ele não ia querê-la mais. Ou seja, não é que ele tivesse se apaixonado pela garota, era uma obsessão pela aparência dela.

 "De tanto repetir essas ameaças, consegui aterrorizar Lô - que malgrado certa vivacidade impudente e algumas tiradas espirituosas, não era uma criança tão inteligente quanto o seu QI faria supor. Mas, se fui capaz de estabelecer aquele vínculo de segredo e culpa compartilhá-dos, tive muito menos êxito em manter seu bom humor." (página 153)

 Humbert usava o medo que Lolita tinha de ir para um orfanato para controlá-la e conseguir ter um relacionamento com ela. Ele é um personagem bem construído, que seduz o leitor, apesar de tudo. Por ser narrado por ele, só temos a sua visão das coisas, mas em alguns pontos conseguimos enxergar Lolita e seu sofrimento, e ver como Humbert fazia-lhe mal e o quanto ela queria fugir daquela relação.

 "(...) os soluços de Lô no meio da noite - de todas as noites, de cada noite - tão logo eu fingia que estava dormindo." (página 178)

 Em várias partes da trama, Humbert tenta mostrar exemplos onde relações de homens adultos com garotas tão novas era aceitável; mas uma criança não é um adulto e relações assim só trazem malefícios para elas. Lolita teve sua vida interrompida, e foi impossível não sentir muita pena dela.

 "Ela preferia o teatro à natação, e a natação ao tênis; insisto, porém, em que, se algo dentro dela não houvesse sido quebrado por mim - não que eu o soubesse então! -, Lô teria, além de seu estilo perfeito, a fome de vencer, transformando-se numa verdadeira campeão." (página 235)

 Apesar do tema pesado, a narrativa do autor me fez ficar mais curiosa a cada capítulo, querendo saber como a história iria acabar, e até que ponto Humbert iria chegar e até onde Lolita suportaria. Por ser um clássico, a obra apresenta algumas palavras diferentes e pouco usuais, mas não chega a ser uma leitura difícil.

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 A edição que li é de capa dura, da Companhia das Letras (2003), e tem folhas brancas e bom tamanho de margens, letra e espaçamento. Eu achei essa edição bem simples; se não me engano, a mais recente é da Editora Alfaguara (2011), e tem uma capa mais bonitinha.






 No fim das contas, foi uma boa leitura e que eu recomendo, porque é um clássico que merece ser lido, até mesmo para que as pessoas repensem o termo "lolita" e a questão do abuso sexual infantil.

 "Elas não a reconhecem como tal, e a própria ninfeta não tem consciência de seu fantástico poder. Além do mais, como a noção de tempo desempenha um papel mágico nesta matéria, o estudante não deve surpreender-se ao tomar conhecimento de que precisa haver um intervalo de muitos anos - a meu juízo nunca menos de dez, geralmente quarenta ou cinquenta, chegando a noventa em alguns poucos casos de que se tem registro - entre a menina e o homem para que este caia sob o feitiço da ninfeta." (página 19)

 No final do livro, há um posfácio escrito pelo autor, onde ele faz uma declaração bem interessante: "Há boas almas que que considerarão Lolita irrelevante porque não lhes ensina nada. Não escrevo nem leio obras de ficção com fins didáticos, e, a despeito da afirmação de John Ray, Lolita não traz nenhuma moral a reboque." (página 317).

 Detalhes: 319 páginas, tradutor: Jorio Dauster, Skoob (média de notas: 4/5, minha nota: 4/5). Onde comprar online: Submarino, Americanas (edição nova).

 Por hoje é só, espero que vocês tenham gostado da resenha. Alguém aí já leu Lolita ou alguma outra obra do autor? Fiquei com vontade de ler mais alguma coisa dele.

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Resenha: livro "O mundo encantado das cores", Butterfly Editora

 Olá pessoal, tudo bem? Hoje trago a resenha de um livro diferente: O mundo encantado das cores,  o livro para colorir antiestresse da Butterfly Editora.

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 Faz pouco mais de um mês que recebi um pacote da Editora Butterfly; dentro dele, estavam vários marcadores de página, uma caixinha de lápis de cor e um exemplar do livro O mundo encantado das cores. Até então, eu estava imune à febre dos livros de colorir, mas quando tive o meu exemplar em mãos e comecei a olhar os desenhos, foi difícil conter a empolgação. Eu e a minha sobrinha (que tem 4 anos e estava comigo quando ele chegou) ficamos super contentes.

 Minha mãe e minha irmã logo vieram me perguntar se o livro era para minha sobrinha, afinal, "colorir é coisa de criança", elas se surpreenderam quando expliquei que o livro era para mim. Afinal, está escrito em algum lugar que lápis de cor e desenhos são apenas para crianças??? Que quando a gente passa dos 18, perde a capacidade de pintar? Não está escrito em lugar nenhum, mas subentendido nessa nossa sociedade que diz que somos livres, mas critica sempre que vê alguém usando a sua liberdade e o seu tempo de lazer como quer.

 Se eu já sofro um certo preconceito por ser a única leitora em minha casa, por dedicar uma ou duas horas diárias para ler, por ter quase 100 livros na minha estante, por ficar sentada no sofá da sala, lendo, enquanto o resto da família está com os olhos pregados na TV (que eu também assisto, mas não é meu único passatempo), imaginem o que as outras pessoas diriam ao me ver colorindo! Eu preferi ignorá-las, colorindo estava e colorindo continuei, sem gastar meu tempo para ver os olhares de curiosidade ou de reprovação.

 No meu curso de Pedagogia na faculdade, tenho estudado como as atividades artísticas e como poder expressar o seu potencial criativo é importante para um indivíduo. Que oportunidades a nossa sociedade capitalista e cada dia mais apressada dá para as pessoas adultas se expressarem, para criarem, para fazerem algo que lhes dará prazer, mesmo que não dê dinheiro para pagar as contas no final do mês? Talvez por isso os livros para colorir estejam fazendo tanto sucesso. Porque seres humanos precisam expressar seu potencial criativo. Uma informação que está no prefácio do livro, e que eu também estudei no meu curso, diz que o ato de colorir faz com que o cérebro produza sensações de bem estar, além de estimular a criatividade da pessoa.

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 Falando especificamente sobre O mundo encantado das cores, ele é maior que os livros comuns, medindo 25 x 25 cm, e tem 96 páginas. Na parte da frente da folha, que é branca e mais grossa que uma folha de papel sulfite e mais fina que uma cartolina, há um desenho, e no verso, há um pensamento ou uma citação de algum autor conhecido (ou desconhecido), esses pensamentos tem relação com o desenho, na maioria das vezes. Ou seja, é um livro para colorir e também para ler. Alguns pensamentos:

Confúcio, citação
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 Os desenhos tem temas variados: flores, animais, mandalas, figuras abstratas... Abaixo, selecionei alguns desenhos que já colori, usando os lápis que vieram da editora e alguns da minha sobrinha. Como diria a Juliana Cunha em seu livro: "Lazer tem que ser divertido, não bom." E posso te garantir, colorir cada desenho foi muito divertido, independente de como eles ficaram no final.

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Flores ♥

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Azul ♥

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Tem alguns desenhos em que a gente vai descobrindo detalhes na medida em que vai colorindo.

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 O desenho abaixo foi o primeiro que eu e minha sobrinha colorimos juntas, no dia que o livro chegou. Até minha irmã coloriu alguns dos passarinhos (os que ficaram mais bem feitos foram pintados por ela). Minha sobrinha, quando ficou cansada, começou a colorir de qualquer jeito, pintando vários de uma cor só, para acabar rápido. Tento fazer com que ela tenha contato com os livros, para que aprenda a gostar deles e se torne uma leitora no futuro, então, ter um livro que nós duas podemos "usar" juntas foi super legal. Não sei qual de nós gostou mais dele!

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 Alguns desenhos são tão lindo que dá até pena de colorir. Foi difícil controlar minha vontade de fotografar o livro inteiro para colocar no post! Na contracapa, há a sugestão de colocar os desenhos em quadros ou dar de presente após pintá-los, mas alguns são tão lindo e inspiradores, que mesmo sem cor, mereciam ir para a parede.

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 Enfim, O mundo encantado das cores foi o meu primeiro (tímido) contato com os livros de colorir. E foi super válido! Uma livro tão bonito assim, realmente desestressa e coloca a cabeça para funcionar, ao fazer que a pessoa imagine qual a melhor cor para cada detalhe. Mas pode estressar também, se você tiver uma sobrinha de 4 anos, pulando e fazendo birra do seu lado, querendo rabiscar um pouco de cada página, pintando tudo de preto e não querendo soltar seu livro de jeito nenhum! Conselho: se tem criança em casa, compre um exemplar para ela também. Além de acalmá-la, é uma atividade legal e que pode render bons momentos de interação entre adultos e crianças.

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Capa linda!

 Colori poucos desenhos por enquanto, mas fiz um álbum no Facebook onde vou ir colocando fotos dos que for pintando, além de postar no Instagram (@marijleite, segue lá :D). Pela hashtag #Omundoencantadodascores vocês podem encontrar imagens dos desenhos de outras pessoas nas redes sociais, e na fan page da editora, também tem um álbum para mandar fotos do livro (e se inspirar). Mas nada de ficar achando que o seu desenho tem que obrigatoriamente ser o mais bonito, o mais perfeito; ele tem que obrigatoriamente ser uma expressão do seu "eu"! Livros para colorir são para relaxar, para se divertir, para se encantar!

 Para as editoras, livros de colorir podem ser um mercado rentável, afinal, elas são empresas; mas para as pessoas, eles podem ser uma terapia (como de fato são, pois há tratamentos médicos que usam o desenho e a pintura), por isso, vamos ter cuidado antes de dizer que algo é "bobagem" e ser mais respeitosos com as outras pessoas. Para ser um livro, não é obrigatório ter uma história (os livros de poesia e os didáticos estão aí para provar), é necessário ser significativo quando utilizado na interação com uma pessoa.

 Detalhes: 96 páginas, capa e projeto gráfico: Júlia Machado, ISBN: 9788568674024, ano: 2015, Skoob. Onde comprar online: loja da editoraSaraiva.

 Por hoje é só, espero que vocês tenham gostado da resenha diferente. Alguém aí tem O mundo encantado das cores? Muito obrigada, Butterfly Editora!

 Participe dos sorteios do blog e concorra a muitos livros: Sorteio literário em conjunto - aniversário do Calebe e Promoção "Um livro, Duas Histórias".

Até o próximo post!

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Resenha: livro "Festim das 12 cadeiras", Elvis DelBagno

 Olá pessoal, tudo bem? O livro da resenha de hoje é Festim das 12 cadeiras, escrito por Elvis DelBagno e publicado pela Editora Schoba.

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 Narrado em terceira pessoa, o livro conta a história de Laerte e Carlos, um casal homossexual rico, que costumava organizar festas e jantares em sua casa luxuosa. Para um desses jantares, Laerte comprou um novo conjunto de 12 cadeiras russas, e o casal se surpreendeu ao descobrir que havia um tesouro dentro do estofado de uma delas. Como eles já eram muito ricos e não precisavam do tesouro, decidiram que quem se sentasse naquela cadeira e descobrisse que tinha algo estranho nela, levaria a fortuna.

 "Mas as coisas às vezes não precisam de intervenção. Deixe o destino escolher. O destino é bom nessas escolhas." (página 117)

 Parecia um plano perfeito, que tornaria a noite inesquecível, mas as coisas começaram a dar errado quando um dos convidados ligou avisando que talvez não chegasse em tempo para o jantar, e depois o casal descobriu que outro convidado estava numa cadeira de rodas... e assim Laerte e Carlos viram seu plano maravilhoso desmoronar!

 O que o casal faria para colocar a situação nos eixos? Quem ficaria com a cadeira premiada? Quais loucuras aconteceriam até o final da noite? Para descobrir, só lendo Festim das 12 cadeiras!

 "E não era a maldita hora de servir a champanhe Veuve Clicquot? Requintado, o garçom muito bem trajado traz em sua bandeja a garrafa. Olha aquela zona no meio da sala. Abriram as portas do zoológico e não lhe avisaram. A situação estava pior que festa de rodeio em cidade pobre do interior. Mula, vaca, viado, cabrita e até morsa saltitavam ao som de Tchakabum." (página 128)

 Pela capa e pela sinopse, eu esperava uma história um pouco mais refinada, e me surpreendi ao ver que o livro tende mais para o lado do humor escrachado, quase trash. Tanto os anfitriões quanto os convidados são personagens caricatos, que vão tendo partes de suas vidas e características descritas ao longo dos capítulos. Passado esse choque inicial, fui achando o livro e os personagens mais interessantes conforme a história foi se desenvolvendo, e dei algumas risadas.  

 "A arte em geral transpõe o telespectador para outra realidade. Traz pensamentos novos e se for uma história bem contada, não importa a realidade em que esteja, ela vai possibilitar uma interação." (página 139)

 Alguns fatos interessantes: o autor de Festim das 12 cadeiras também é cineasta, e usou no livro uma narrativa que visa fazer com que o leitor se sinta como se estivesse vendo um filme; há várias referências culturais na trama, além de algumas "notas do editor", como a da imagem abaixo, presente na página 133.

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 As 164 páginas da obra podem ser lidas rapidamente; talvez pelo tamanho reduzido do livro eu não tenha tido tempo para me apegar a nenhum personagem a ponto de torcer para que ele conseguisse a cadeira premiada, ou talvez tenha sido por eles serem tão peculiares. Festim das 12 cadeiras é um livro bem diferente do que eu já li e diferente do que eu esperava, tanto que alguns trechos jamais poderiam ser citados fora do contexto e de um enfoque bem humorado da obra.

 "Às vezes, somos crianças em corpos de adultos. Temos que caçoar do próximo para não nos sentirmos tão deslocados no mundo com nossa ferida interna." (página 123)

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 Sobre a parte visual: a capa é linda! O título e a imagem da cadeira estão em alto relevo. As páginas são amareladas, com margens, espaçamento e letras de bom tamanho.

 Detalhes: ISBN-13: 9788580133813, 164 páginas, Skoob, Facebook. Onde comprar online: loja da editoraCultura.

 Por hoje é só, espero que vocês tenham gostado da resenha. Alguém aí já leu o livro?

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Até o próximo post!

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