Resumo do mês de janeiro de 2017

Resumo do mês de janeiro de 2017 - Blog Pétalas de liberdade

 Olá pessoal, tudo bem com vocês? Nesse primeiro mês de 2017 tivemos um total de 28 posts no blog, foi tanta coisa que rolou por aqui que senti a necessidade de fazer um resumo do mês.

Vamos juntas?

 Começando pelas resenhas, em janeiro eu realizei mais de 20 leituras (vou contar a técnica que usei num dos próximos posts, aguardem) e a maioria das resenhas já está nos rascunhos, só aguardando uma vaga para ser postada. No blog, já temos (observem quantos nacionais!):

 - Resenha do livro "Talismãs", da Eleonor Hertzog, pertencente à série de fantasia e ficção científica "Uma geração. Todas as decisões."
 - Resenha com sorteio de um exemplar autografado do livro "A vampira", escrito pela Martina Romero, uma leitura imperdível para quem gosta de histórias com seres sobrenaturais.
 - Resenha do clássico “O pequeno príncipe”, livro escrito pelo francês Antoine de Saint-Exupéry.
 - Resenha do livro "Vamos juntas?", escrito pela Babi Souza, onde ela conta sobre suas motivações e aprendizado com o Movimento Vamos Juntas, uma leitura que eu super recomendo! Esse livro estava na minha TBR da Maratona Literária de Verão e no primeiro mês do Desafio Literário Diminuindo a Pilha 2017 (antigo Desafio Literário Skoob) como escolha para o tema "encalhado na estante".
 - Resenha de "Para cada infinito", livro fofo e gostoso de se ler, escrito pelo booktuber Victor Almeida.
 - Resenha de "O androide", livro escrito pelo Paulo de Castro, uma ficção científica distópica, com o Planeta Terra governado pelos robôs, super interessante!
 - Resenha de "Antes do agora", que faz parte da mesma coleção de "Para cada infinito", com um conto muito, muito bom e intenso de romance, escrito pela booktuber Gleice Couto.

 Ainda nas resenhas, mas já nos desafios:
 - No desafio "#ProjetoClaricese", que consiste na leitura de um conto da Clarice Lispector por mês, li e resenhei o conto "Amor".
 - No desafio "12 meses de Poe", que participei em 2016 e estou participando também em 2017, tem resenha do conto "A queda da Casa de Usher" e do poema "O palácio assombrado", ambos, obviamente, do Edgar Allan Poe.

"Das coisas mais importantes na minha vida"

 Ainda sobre desafios para 2017, falei sobre:
 - O desafio de escrita "Escrevendo Sem Medo 2017" e seus temas.
 - Postei o primeiro texto do "Escrevendo Sem Medo", intitulado "Das coisas mais importantes na minha vida".
 - Teve post sobre a mudança de regras no Desafio Literário "Leia Mais, Brasil!" e com a lista de contos que serão lidos.

 No canal do blog, teve vídeo de:
 - Minha TBR para a Maratona Literária De Verão 2017 (ou #TORNEIOMLV), e eu felizmente consegui ler todos!
 - Finalmente editei o vídeo da Caixa de Correio com os livros recebidos em novembro!
 - E também mostrei as leituras de novembro de 2016.
 - E fiz um vídeo como nunca tinha feito antes, listando 6 motivos para não ler a série "Uma geração. Todas as decisões.", e vocês precisam assistir para entender.
 - E saiu também um vídeo onde mostro detalhes da edição dessa lindeza que é o livro "Confissões do Crematório", lançado pela DarkSide Books.

 Das parcerias, teve post sobre:
 - A seletiva aberta da Editora Illuminare para suas próximas antologias e de originais para publicação.
 - A renovação da parceria com a escritora Kate Willians.
 - E apresentação da Luva Editora, a nova parceira do blog.

 Tivemos muitos sorteios esse mês:

sorteio-de-livros

 - Além do sorteio de "Confissões do Crematório", sobre o qual vocês podem saber mais aqui.


 E tivemos também dois posts diferentes:

 Se fevereiro será assim também? Não posso afirmar, pois minhas aulas na faculdade vão recomeçar, mas tem tanta coisa já nos rascunhos para ser postada! Quem tiver perdido algum post, corre pra ver. Me contem: qual o post do mês vocês mais gostaram?

Até o próximo post!

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Resenha: conto "Amor", Clarice Lispector #ProjetoClaricese

 Olá pessoal, tudo bom com vocês? Estou participando de mais um desafio literário em 2017, o "Clarice-se", criado pela Thainá, pela Júlia e pela Tayres, o desafio consiste na leitura e debate de um conto da autora Clarice Lispector por mês. Para participar também, é só entrar nesse grupo. Na imagem abaixo, estão listados cada conto e seu respectivo mês de leitura.


 "Ela apaziguara tão bem a vida, cuidara tanto para que esta não explodisse."

 O conto de janeiro se chama "Amor", e tem aproximadamente sete páginas. Nele, conhecemos Ana, uma mulher que vivia em prol da família e da casa, todo dia seguindo sempre a mesma rotina de cuidar dos filhos, do marido e da casa. Porém, Ana temia a tarde, aquelas horas em que parecia não haver mais nada que pudesse ser limpo ou arrumado, nada que precisasse dela para ser feito. Nessas horas, Ana saía, ia fazer compras ou levar roupas para costurar, qualquer coisa que evitasse um sentimento de vazio, uma inquietação interior.

 Mas numa dessas tardes, Ana veria algo que faria com que ela despertasse da "bolha" em que vivia, e que voltasse a pensar sobre a vida.

 "Sua juventude anterior parecia-lhe estranha como uma doença de vida. Dela havia aos poucos emergido para descobrir que também sem a felicidade se vivia: abolindo-a, encontrara uma legião de pessoas, antes invisíveis, que viviam como quem trabalha – com persistência, continuidade, alegria. O que sucedera a Ana antes de ter o lar estava para sempre fora de seu alcance: uma exaltação perturbada que tantas vezes se confundira com felicidade insuportável. Criara em troca algo enfim compreensível, uma vida de adulto. Assim ela o quisera e escolhera."

 Esse não foi o meu primeiro contato com a escrita da autora; dela, eu já havia lido "A hora da estrela" (clique para conferir a resenha). Num primeiro momento, a forma com que Ana vivia causou um incômodo em mim, pois eu sentia nitidamente que ela se enganava, que passava os seus dias sem de fato viver, mas aí vem o restante do conto e o confronto da protagonista com o mundo ao redor.

 O significado do conto não me foi cem por cento claro, há partes mais poéticas e de sentido figurado que talvez tenham um sentido diferente para cada um. Por outro lado, foi interessante ver o Rio de Janeiro de décadas passadas como cenário, com os bondes circulando pelas ruas, um meio de transporte que não faz parte da época e do lugar em que vivo.

 Foi uma boa experiência fazer essa leitura, e espero gostar também dos próximos contos que serão lidos no projeto. Me contem: já conheciam o desafio "Clarice-se", já leram "Amor" ou alguma outra obra da autora?

Até o próximo post!

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Das coisas mais importantes na minha vida (projeto "Escrevendo Sem Medo 2017")

Das coisas mais importantes na minha vida (projeto "Escrevendo Sem Medo 2017")

 E aí eu resolvo participar de um desafio de escrita, e em janeiro tenho que escrever sobre as coisas mais importantes na minha vida.

 Fácil, muito fácil!

 Lar! Pode ser um lugar, mas também são as pessoas que fazem parte desse lugar. Meu pai, minha mãe, meu irmão mais velho, minha irmã mais velha, meu outro irmão mais velho, meu irmão caçula, minha sobrinha e meu marido, listados não por ordem de importância, mas por ordem de idade ou do tempo que estão na minha vida. Se qualquer um deles não existisse, provavelmente eu não seria o que sou hoje. É com a certeza da presença e do apoio de cada um deles que eu sigo em frente.

 É reconfortante saber que se nada der certo, eu ainda vou ter um canto para me abrigar e esperar um novo dia começar.

 Por isso, meu apego tão grande pelas casas que chamo de lar.

 Faz um tempinho que venho percebendo que as coisas materiais não trazem a felicidade plena e duradoura, mas o uso que fazemos desses objetos é que pode torná-los importantes ou não no nosso dia-a-dia.

 Levem tudo o que eu tenho, mas não tirem meus óculos! Poder enxergar bem com eles é uma das coisas que eu, míope, mais gosto.

 A minha estante cheia de livros também é importante para mim, não só pelos livros que estão nela, mas por todos que já passaram pelas minhas mãos e pelas palavras que cada um me trouxe, especialmente aqueles que mudaram minha vida.

 Meu computador querido, que já está comigo há quase dez anos,e de onde posto nesse blog e estudo. Meu smartphone, comprado após muitos meses juntando dinheiro, e que tem mil e uma utilidades: despertador, calendário, relógio, câmera, e o melhor: com o qual eu posso me comunicar com tanta gente através das (óbvias) ligações, além dos diversos aplicativos.

 Todos esses objetos tornam a minha vida mais fácil, me trazem um alcance maior do que, imaginem, se eu só pudesse me comunicar com as pessoas por cartas (que eu talvez tivesse dificuldade para ler sem os óculos) e se comprar livros fosse algo impossível de se fazer pela internet.

 E essas são as coisas mais importantes na minha vida, e na sua?

 - O "Escrevendo sem medo" é um projeto criado pela Thamiris Dondossola, para saber qual o tema de cada mês e como participar, clique aqui.

Até o próximo post!

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Resenha: conto "A queda da Casa de Usher" e poema "O palácio assombrado", Edgar Allan Poe #12mesesdePoe

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 Olá pessoal, tudo bem com vocês? Assim como no ano passado, em 2017 também vou participar do desafio literário 12 meses de Poe, criado pela blogueira Anna Costa. Diferentemente de 2016, esse ano vamos ler e debater não só um conto do autor, mas sim um conto e um poema. Para quem quiser saber como participar e onde baixar gratuitamente os textos do desafio, é só clicar aqui.

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 Sobre o conto "A queda da Casa de Usher": ele traz um narrador sem nome, que recebe um convite para visitar um antigo amigo de infância, Roderick Usher, que andava adoentado. O narrador vai visitá-lo, mas ao chegar na casa dele, sente-se incomodado pela sensação que a casa lhe dá.

 "Senti que respirava uma atmosfera de tristeza. Um ar de austera, profunda e irremediável melancolia pairava no ambiente, impregnando tudo."

 Em conversas com o amigo, ele entende que Roderick se incomoda facilmente com qualquer coisa que seja muito forte para os seus sentidos, como o excesso de claridade e comidas com muitos temperos. Outro motivo de preocupação para o amigo, é a saúde debilitada da irmã, sua única parente viva. Os dias vão passando e coisas assustadoras acontecem. O que lhes digo é que a estadia do narrador na Casa Usher certamente nunca mais sairá da memória do protagonista!

 O conto é relativamente longo, com cerca de 11 páginas. É inicialmente muito descritivo, a impressão que passa é que o autor quis se estender demais na descrição do lugar, quando isso poderia ter sido feito mais brevemente. A catalepsia, tema que já vi em outros contos do Poe, também está presente nesse, o que faz com que a trama seja previsível, mas nem por isso perde a graça, pois ficamos esperando o momento em que vai acontecer o que já imaginamos que acontecerá. E quando acontece, bem, como disse, certamente um evento desses não sairia da mente de uma pessoa muito facilmente! Ah, e o título, apesar de um baita spoiler, tem tudo a ver com a história!

 Sobre o poema "O palácio assombrado": ele é composto por 6 estrofes, que contam sobre um belo palácio em um vale feliz, que após ser tomado por seres maus, se transformou num lugar sombrio e triste, onde antes havia beleza que encantava quem passava pelo vale.

"Jamais um Serafim espalmou a asa
sobre um edifício só metade tão belo."

 Eu já comentei aqui que admiro demais quem consegue contar histórias através de versos, e nesse poema, Poe comprova também o seu talento na poesia. No arquivo que li, há o poema em sua versão original e traduzida lado a lado, assim é possível perceber as rimas na versão original, que se perdem quando a tradução é feita, mas o sentido da história continua. Gostei!

Até o próximo post!

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Conto: "O custo de justiça", Leon Tolstoi

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Fonte da imagem

 Perto da fronteira da França e da Itália, às margens do Mediterrâneo, existe um minúsculo reinado chamado - bem, vamos batizá-lo de Monado. Inúmeras cidadezinhas do interior podem se orgulhar de possuírem mais habitantes do que esse reino, que tem apenas sete mil súditos ao todo, e se as terras do reino fossem divididas, não caberia a eles um acre por cabeça. Mas neste reino de brinquedo existe um reizinho de verdade, que tem um palácio, corte, ministros, generais e um exército. 

 O exército não é grande - apenas sessenta pessoas - mas, ainda assim, é um exército. Neste reino, como em toda a parte, cobram-se impostos sobre o tabaco, sobre o vinho e sobre o álcool. E embora as pessoas por lá fumem e bebam como acontece em qualquer país, são tão poucas que o Rei ver-se-ia em maus lençóis para alimentar seus cortesões e oficiais, e a si mesmo se manter, caso não tivesse encontrado uma fonte de renda.

 Esta renda especial provém de um cassino onde o povo se distrai com a roleta. O povo joga e, ganhe ou perca, sempre cabe à casa uma percentagem. E dessa percentagem é paga uma larga soma ao Rei. A razão de assim tanto pagarem, na ocasião de nossa história, é ser aquele o único estabelecimento de jogo que restava na Europa.

 Alguns dos pequenos soberanos alemães costumavam manter casas de jogo, mas há poucos anos foram proibidos de o fazer. E isso porque tais cassinos fazem um mal enorme aos clientes. Perdendo tudo o que tinham, recorriam a dinheiro que não era seu e perdiam-no também; desesperados, afogavam-se ou metiam uma bala na cabeça. Por isso os alemães proibiram seus governantes de fazerem dinheiro desta forma; no entanto, ninguém se lembrou de proibir o rei de Monado, e ele ficou com o monopólio do negócio. De forma que, agora, quem deseja jogar, vai a Monado. Percam ou ganhem, o Rei tem sempre a sua parte. 

"Não se consegue palácio de pedra com trabalho honesto", diz o ditado; e o reizinho de Monado sabe que o negócio não é limpo, mas o que se há de fazer? É preciso viver; e tirar rendimento do tabaco e das bebidas também não é uma coisa bonita. E assim reina ele, e vive, recolhe o dinheiro e mantém na sua corte o cerimonial de um verdadeiro rei. Tem a sua coroação, os seus duques; ele premia, condena e perdoa; e também seus conselheiros, leis e tribunais de justiça - como os outros reis, só que em menor escala.

 Acontece que, há alguns anos, um crime de morte foi cometido nos domínios do Rei. O povo daquele reino é pacífico e tal fato jamais acontecera antes. Os juízes se reuniram com grande cerimonial e julgaram o caso de forma judiciosa. Eram juízes e promotores, jurados e advogados de defesa. Discutiram, julgaram e finalmente, conforme a lei, condenaram o criminoso a ser decapitado. Até aí tudo bem. Submeteram a sentença ao Rei, que a confirmou: "Se o homem tem de ser executado, executem-no." Havia apenas um ponto duvidoso em questão: Monado não possuía guilhotina nem carrasco para cortar cabeças.

 Os ministros estudaram o assunto e resolveram endereçar uma petição ao governo francês, perguntando se não poderiam lhes emprestar uma guilhotina e um especialista em decapitar criminosos; em caso afirmativo, que o governo francês respondesse dizendo quanto isto custaria. A carta foi remetida. Uma semana depois chegou a resposta: uma guilhotina e um carrasco poderiam ser fornecidos pelo preço de dezesseis mil francos. Levaram o assunto ao Rei, que analisou a proposta. Dezesseis mil francos!

 - Este infeliz não vale esse dinheiro todo - disse ele. - Não poderiam fazer por menos? Dezesseis mil francos é mais do que dois francos por cabeça, contando toda a nossa população. O povo não aguentará tanta despesa e pode haver até uma revolta contra isso!

 Um Conselho, portanto, foi convocado para decidir o que fazer; e ficou resolvido que se enviasse petição idêntica ao rei da Itália. Carta escrita, a resposta não se fez esperar. O governo italiano informou que forneceria com prazer a máquina e o carrasco pelo preço de doze mil francos, incluindo despesas de viagem. Era mais barato, mas ainda parecia alto. O infeliz realmente não merecia tanto dinheiro gasto. Continuava representando quase dois francos por cabeça no recolhimento de impostos. Convocaram um outro Conselho. Discutiram e pensaram como baratear a execução. Um dos soldados, por exemplo, não poderia se encarregar da tarefa de uma maneira mais simples e crua? O General foi chamado e consultado:

 - Consentiria o senhor em indicar um soldado que cortasse a cabeça do criminoso? O exército nunca se incomoda de matar durante uma guerra. Na verdade, para tal os soldados são preparados. 

 O General discutiu o assunto com seus homens para ver se algum deles se incumbiria do caso. Mas nenhum deles aceitou.

 - Não - disseram eles. - Não sabemos como fazer isso; não é nada do que tenhamos aprendido.

 Os ministros voltaram a pensar em repensar. Nomearam uma Comissão e um Comitê e um Subcomitê, e acabaram por concluir que o melhor seria transformar a sentença de morte em prisão perpétua. O que permitira ao Rei demonstrar a sua misericórdia, além de sair muito mais barato. O Rei concordou e o problema ficou resolvido. O único inconveniente então era que não existia prisão apropriada para um homem condenado para o resto da vida. Havia um pequeno presídio onde as pessoas às vezes ficavam detidas temporariamente, mas não uma prisão forte e de uso permanente. Apesar disso, conseguiram encontrar um lugar que servisse e lá colocaram o rapaz com um guarda de plantão. O guarda tinha de vigiar o criminoso e apanhar a comida na cozinha do palácio. 

 O prisioneiro lá ficou mês após mês até completar um ano. Mas quando o ano passou, o reizinho, verificando sua renda, reparou num novo item nas suas despesas. Era, claro, a manutenção do criminoso e não era pouca coisa. Havia um guarda especial para dele cuidar e ainda havia a alimentação do homem. E o pior é que o sujeito era jovem e saudável, podendo viver uns cinquenta anos ou mais. Pensou bem no assunto e concluiu que aquela solução não daria certo. O Rei então mandou reunir seus ministros e disse-lhes:

 - É preciso encontrar uma maneira mais barata de se lidar com esse infeliz. A maneira atual é cara demais. Os ministros pensaram, até que um deles concluiu:

 - Cavalheiros, na minha opinião precisamos despedir o guarda.

 - Mas assim é lógico que o prisioneiro irá fugir - retorquiu um outro. 

- Bem - disse o primeiro -, que fuja e que o diabo o carregue.

 Levaram o resultado da deliberação ao reizinho, que com eles concordou. O guarda foi despedido e eles aguardaram para ver o que iria acontecer. Aconteceu apenas que, chegando a hora da refeição, o criminoso saiu à procura do guarda e, não o encontrando, foi até a cozinha real buscar sua própria comida. Recebeu o que lhe deram, voltou à prisão, fechou a porta da cela e continuou lá dentro. No dia seguinte aconteceu a mesma coisa: foi buscar a sua comida na hora indicada; mas quanto a fugir, não demonstrou ele a menor intenção. Que fazer? Voltaram as autoridades a estudar o assunto.

 - Precisamos dizer a ele claramente que não queremos mantê-lo na prisão - concluíram. E o ministro da Justiça mandou que o trouxessem à sua presença. 

- Por que você não foge? - perguntou o ministro. - Não há nenhum guarda a impedi-lo. Pode ir embora quando quiser que o Rei não se importa. 

- O Rei talvez não se importe - disse o homem -, mas eu não tenho para onde ir. Vou fazer o quê? Os senhores arruinaram meu caráter com a sentença a que me condenaram e todos me darão as costas daqui em diante. Além do mais, perdi o hábito de trabalhar. Os senhores me trataram muito mal. Não é justo. Em primeiro lugar, quando me sentenciaram à morte, deviam ter me executado. Mas, não. Depois me condenaram à prisão perpétua e escalaram um guarda para me trazer a comida; algum tempo depois, tiraram o guarda e obrigaram que eu mesmo fosse buscar a comida. Mais uma vez não me queixei. Agora, porém, querem que eu fuja! Não posso concordar com isso. Façam o que bem quiserem; eu não fugirei!

 Mais uma vez o Conselho se reuniu. Que atitude adotar? O homem se negava a sair. Refletiram e voltaram a refletir. O único meio de se livrarem dele era oferecer-lhe uma pensão. E foi isso que disseram ao Rei.

 - Não há outra saída - falaram. - Precisamos nos desembaraçar dele de qualquer maneira. Fixaram uma quantia e anunciaram a conclusão ao prisioneiro. 

- Bem - concordou ele -, eu não me importo, desde que se comprometam a pagar sempre em dia. Sob esta condição, consinto em ir embora. 

E assim o assunto foi encerrado. Ele recebeu um terço da sua anuidade adiantado, deixou os domínios do Rei e instalou-se do outro lado da fronteira, onde comprou um pedacinho de terra, pôs-se a plantar legumes para vender no mercado e assim vivia ele confortavelmente. Sempre na data exata, ele recebe a pensão. Assim que a recebe, corre para as mesas de jogo, aposta dois ou três francos, às vezes ganha, às vezes perde, e logo volta para casa. Vive tranquilamente, e muito bem. Por sorte, não cometeu ele seu crime num país no qual não se resmunga contra as despesas para cortar a cabeça de um homem, ou para mantê-lo na prisão pelo resto da vida.

 Tradução de Flávio Moreira da Costa 

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 O conto que vocês acabaram de ler, escrito pelo autor russo Leon Tolstoi (1828-1910, também escreveu os clássicos "Anna Karenina" e "Guerra e Paz") é o conto lido em janeiro pelos participantes do desafio literário "Leia mais, Brasil!". Marcando 3 amigos nos comentários desse post no Facebook (clique aqui) e deixando sua opinião sobre o conto no tópico de discussão (clique aqui) no grupo do desafio, você concorre ao livro "Confissões do Crematório", escrito pela Caitlin Doughty e publicado pela DarkSide Books, o sorteio será realizado no final da primeira semana de fevereiro, participe!



 Por hoje é só, espero que vocês tenham gostado do post. Me contem: já tinham lido algo do autor? Gostaram do conto?

Até o próximo post!

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Vídeo: 6 motivos para não ler a série "Uma geração. Todas as decisões."

 Olá pessoal, tudo bem com vocês? O vídeo de hoje é diferente de todos os que já fiz! Nele, listo 6 motivos para não ler a série "Uma geração. Todas as decisões." Para entender, apertem o play (e vejam até o final):

 Observação: caso o vídeo aparece sem som para você, pode ser apenas uma diferença na configuração do seu computador, e tem um vídeo no YouTube que explica como resolver isso, clique aqui para ver.


 E aí pessoal, o que acharam? Já conheciam a série? Para saber mais, acesse o blog da autora: www.eleonorhertzog.com.br, ou a resenha de "Talismãs".

Até o próximo post!

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Conheça a Luva Editora, a nova parceira do blog

 Olá pessoal, tudo bom com vocês? No post de hoje, venho apresentar a nova editora parceira do blog: a Luva Editora.


 Catálogo:
Título: Paixão e Crime
Autor: João Paulo Balbino
Gênero: Romance/Policial
Público: Jovem Adulto
Páginas: 110
Compre aqui
Sinopse: Paixão e Crime. Duas palavras distintas, porém tão próximas. Não seria surpresa se você conhecesse ao menos uma história envolvendo ambas. Mas qual o elo entre elas? E quais barreiras morais uma pessoa seria capaz de transgredir por uma paixão? Sara – renomada psicóloga – ao manter um caso às escondidas com o namorado de sua paciente, jamais imaginaria que ele seria misteriosamente assassinado, o que a coloca em um dilema: contar o segredo e destruir sua carreira de sucesso, ou ficar em silêncio e despontar como a principal suspeita? Já Helena, serial killer que ganha a vida se prostituindo, descobre que sua última vítima mortal parece estar viva. Mas como?
Protagonistas de um dos trabalhos mais elogiados do escritor João Paulo Balbino, essas são duas das quatro personagens cujas histórias se interligam de forma surpreendente no decorrer de Paixão e Crime, desafiando a capacidade investigativa do leitor. Após sucesso na Amazon, a obra recebe agora uma versão impressa, reeditada e ampliada.

Título: Bella Máfia - Dinheiro se lava com sangue.
Autor: Vitto Graziano
Gênero: Thriller Político/ Romance Policial
Público: Adulto
Páginas: 387
Compre aqui

Sinopse: Sócio majoritário da maior mineradora do Rio de Janeiro, Salvador Lavezzo também é a cabeça por trás de um sofisticado esquema de narcotráfico no eixo Brasil-Suíça; contudo, vê sua fortuna ser ameaçada após a apreensão de dez toneladas de pasta base de cocaína no Mato Grosso. Investigado pela Polícia Federal e jurado de morte por seus superiores, Lavezzo terá 24 horas para virar o jogo a seu favor.
A beleza desta obra vem da organização da guerra. No sentido óbvio e explícito, por tratar-se de uma organização criminosa; hierarquizada, regulada por normas rígidas, disciplinares e voltada para o enriquecimento ilegal, mas também no sentido de tudo funcionar como um relógio; as mortes, as ameaças, as palavras, nada está fora do contexto; tudo é necessário lá onde acontece e lá onde aparece. Este livro é uma máquina de guerra, pontual como a engrenagem do fuzil, bem lubrificado como o tanque e delicado como a pólvora.

Até 17 de março, a editora está recebendo contos para a publicação na antologia "III – A Hora Morta", para quem quiser saber mais é só clicar aqui.



 Acompanhe a Luva Editora:
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 Por hoje é só, espero que vocês tenham gostado do post. Me contem:o que acharam dos livros da editora? Aguardem novidades!

Até o próximo post!

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Resenha: livro "Antes do agora", Gleice Couto

 Olá pessoal, tudo bem com vocês? No post de hoje, venho comentar sobre minha experiência de leitura com o livro "Antes do agora", escrito pela carioca Gleice Couto e publicado em 2016 pela Contar e Criar.

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 A história é narrada por Júlia, uma jovem que cursava Comunicação Social e estava desenvolvendo um projeto na rádio da faculdade. Eis que ela descobriu que teria que trabalhar com Gustavo nesse projeto! Gustavo foi seu amigo de infância, e juntos eles viveram várias primeiras vezes, até que algo aconteceu e eles se separaram. Agora, Gustavo estava de volta e queria conversar com Júlia, mas ela não está muito a fim de conversar com ele.

 "Se alguém me contasse que o garoto que arrastou a minha cara no parquinho de areia, tempos depois, seria o responsável pelo meu primeiro beijo, eu não acreditaria." (página 32)

 Resenhei aqui no blog recentemente o livro "Para cada infinito", do Victor Almeida, e "Antes do agora" e "Para cada infinito" fazem parte de uma coleção de contos lançados pelo projeto Contar e Criar. Eu comprei os dois volumes juntos na Black Friday, mais por gostar do canal do Victor e por ter achado as capas bonitas e os títulos interessantes, confesso (da Gleice só vi alguns vídeos aleatórios, ainda). Resolvi ler "Antes do agora" logo depois de "Para cada infinito". Se vocês leram a resenha da história do Victor devem lembrar que eu o descrevi como um conto que dá aquele calorzinho no coração, né? Achei que "Antes do agora" seguiria a mesma linha, me enganei! "Antes do agora" quase dá um treco no coração da leitora que vos escreve!

 A história da Júlia e do Gustavo é tão intensa e bem escrita que na hora em que eu abria o livro parecia que o mundo ao meu redor desaparecia, e só existiam as cenas que eu estava lendo! A autora vai e volta no tempo (e isso foi muito bem feito), para que possamos conhecer a relação da dupla antes: no passado, na infância e na adolescência, e agora: no reencontro no projeto na faculdade. É aquela leitura que a gente termina mas continua pensando no que leu por um bom tempo.

 Como já mencionei, a escrita da Gleice estava muito boa, e a ambientação e os personagens foram bem construídos. "Antes do agora" traz como um dos temas a automutilação, um assunto muito importante e sobre o qual precisamos entender mais.

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 A edição é linda, com capa bonita, boa revisão, páginas amareladas (exceto as que abrem o capítulo, que são pretas), diagramação com margens, letras e espaçamento de bom tamanho, e há o desenho de uma chave no início de cada capítulo, além da sugestão de uma música (Gleice Couto me fez ouvir k-pop pela primeira vez, e eu gostei!).

 Detalhes: 104 páginas, ISBN-13: 9788591805525, Skoob, saiba como comprar na fan page Contar e Criar.

 Por hoje é só, esperam que vocês tenham gostado do post. Fica a minha super recomendação para quem é fã do canal da Gleice, ou gosta de leituras rápidas e/ou de um new adult intenso. Me contem: já conheciam o livro ou a autora?

Até o próximo post!

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Seis fases que todo blogueiro literário já passou com parcerias

 Olá pessoal, tudo bem? No post de hoje, venho falar sobre um assunto que sempre gera debates entre blogueiros literários: as parcerias, especialmente com editoras. Todo blogueiro certamente já passou por (pelo menos uma dessas) essas fases:


Fase 1 - Parceria? O que é isso? Como assim? Aquela fase em que nem sonhamos que editoras possam enviar livros para blogs resenharem! E quando descobrimos isso, ficamos encantados e cheios de dúvidas sobre como funciona o processo. Aí vem a segunda fase!
Fase 2 - Caça à seleção de parceiros! Essa é a hora de ir de rede social de editora em editora, perguntando ou stalkeando pra saber quando vai ter inscrição e como se tornar um parceiro. É uma fase em que nos inscrevemos em tudo que tenha a palavra parceria, o que nos remete (ou não) à terceira fase.

Fase 3 - Nãos, nãos e mais nãos! Chega a resposta negativa de praticamente todas as inscrições, o seu blog não foi selecionado, tente no próximo ano. O motivo? Certamente outros inscritos atenderam melhor os critérios que a editora buscava. Relaxe!

Fase 4 - E os primeiros sims começam a chegar! Aí é aquela alegria!

Fonte
Fase 5 - Hora de repensar o quesito parceria. Fase em que chega tanto livro que você não dá conta de ler e resenhar tudo. Também é o momento em que você começa a perceber quais parcerias são interessantes para o perfil do seu blog e quais não.

Fase 6 - Pode ser a última, ou não. É o momento em que não é mais o blogueiro que procura parcerias, é a parceria que vem até o blogueiro! Na sua caixa de e-mails, sempre chegam sugestões de livros para resenhas. E quando há uma seleção de parceiros, o blogueiro já pensa se vale a pena se inscrever, levando em conta os (a montanha de) livros que ele já tem e ainda não leu, assim como se o seu perfil de leitura combina ou não com o catálogo da editora e com as regras da parceria.

 Nem sempre as coisas acontecem nessa ordem, mas acredito que vocês, blogueiros literários, certamente já passaram por alguma dessas fazes.

 Eu sei que é frustante se inscrever na seleção de parceiros daquela editora que você tanto gosta, e não ser selecionado, ainda mais quando você vê que outros blogs que parecem não ser tão bons quanto o seu foram escolhidos, mas lembre-se que um blog não sobrevive de parcerias, ele sobrevive do seu amor por ser blogueiro, palavra de quem está nesse ramo há quase sete anos.

 Já passei pela fase de encher a barra lateral de banners de parceiros, mas percebi que algumas parcerias não valiam o esforço de fazer inúmeros posts em troca de retorno nenhum. Hoje, ainda recebo diversos nãos, mas também já analiso bem o trabalho da editora para ver se me inscrevo ou não na seleção de parceiros, para poder direcionar melhor o meu tempo para o que realmente pode ser bom para mim e para o blog.

 Por hoje é só, espero que tenham gostado do post. Me contem: já passaram por quais dessas fases? Deixo a sugestão de leitura desse post do blog Floretizas, da Tabatha Cuzziol, que ajuda a entender um pouco melhor o que as editoras procuram: Dicas para conseguir Parcerias com Editoras.

Até o próximo post!

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Resenha: livro "O androide", Paulo de Castro

 Olá pessoal, tudo bem com vocês? No post de hoje venho comentar sobre a minha experiência de leitura com o livro "O androide", escrito pelo mineiro Paulo de Castro e publicado em 2016 pelo selo Talentos da Literatura Brasileira.

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 "Poderia uma máquina fazer o papel de um profeta de Deus? Poderia a máquina ser esse Deus, dando vida de novo aos seres humanos?" (páginas 58 e 59)

 "O androide" pode ser classificado como uma distopia ou uma ficção científica. Com narração em terceira pessoa, a história se passa num futuro onde a humanidade foi extinta, e quem habita o planeta Terra são os robôs. Além deles, há os androides, robôs com aparência humana, inicialmente criados para desenvolver alguma função específica.

 JPC-7938 é um androide que passava seus dias escondido, pois todas as máquinas (robôs e androides) em funcionamento deveriam se subordinar ao misterioso H1N1 (ninguém sabia ao certo o quê ele era). As máquinas insubordinadas eram destruídas pelas sentinelas, robôs com aparência de um enorme animal construídos para essa finalidade.

 Certo dia, JPC-7938 presenciou um robô fugindo de uma sentinela, era OPR-4503. Ele acabou ajudando na fuga, e nas conversas entre os dois, JPC-7938 (que trabalhou como médico quando vivia com os humanos) ficou sabendo que OPR-4503 passou por um laboratório onde havia material reprodutivo humano congelado. Daí surgiu uma ideia na cabeça de JPC-7938, com a ajuda de OPR-4503, um engenheiro, ele tentaria trazer os humanos de volta à vida. Será que conseguiriam?

 "- O que fazia fora dos ferros-velhos? O que estava procurando?
 - Eu estava procurando o mar.
 - O mar?
 - Sim. Queria ver o mar antes da minha extinção. Depois de mil anos desse vazio completo, dessa ausência de necessidades, não conseguia mais ficar nos ferros-velhos consertando robôs fadados à extinção. Resolvi ver o mar e depois deixar uma sentinela me destruir.Vou existir por mais quantos anos? Mil, 2 mil? Mas existir para quê?" (página 38)

 Eu gostei demais de "O androide"! Acho que o autor construiu muito bem a história, a ambientação e os personagens. Achei super interessante a forma como foi descrito o nosso planeta pós-humanos, como a Terra se reajustou livre de nós e de toda a degradação que causamos. Gostei também de como a trama foi passando por diversos lugares, mas principalmente pelo Brasil, Paulo de Castro prova que é possível sim fazer uma distopia muito boa no nosso país.

 E sobre os personagens: eu nunca imaginei que poderia gostar tanto de mocinhos e vilões que não eram humanos nem seres sobrenaturais. Acho que o autor trabalhou bem com a questão da ausência dos sentimentos, como o medo, nos seus androides; eles eram inteligentes, eram programados para pensar e tomar decisões levando em conta as probabilidades, mas seus corpos não respondiam como os nossos.

 Além da vontade enorme de descobrir quem era o H1N1 e de saber se o plano de recriar os humanos daria certo, foi interessante também descobrir o passado dos personagens quando ainda havia pessoas na terra e entender como eles chegaram até os dias de hoje, e por que JPC-7938 tinha uma bateria diferente das dos demais androides e como ele, o OPR-4503 e a NCL-6062 não foram atingidos por um vírus que infestou todas as máquinas. Não sei se as sentinelas foram uma homenagem ao Sabujo, o cão mecânico de Fahrenheit 451, do Ray Bradbury, mas se foi, ficou bem legal.

 Chegando ao final, fiquei sem algumas respostas: não entendi exatamente como os robôs se rebelaram e para onde iriam três personagens bem importantes. É um "final ok", satisfatório até certo ponto, mas ver que na ficha catalográfica há a palavra "série" me deixou bem animada, por que se tiver uma continuação eu vou querer ler para ver o que mais a mente criativa do Paulo de Castro vai aprontar para essa história tão original (pelo menos para mim).

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diagramação do livro O androide, uma distopia com robôs escrita por Paulo de Castro, novo século editora

 A edição tem uma capa bonita, páginas amareladas, margens, letras e espaçamento de bom tamanho, além de iniciar o capítulo com uma fonte diferente e ter alguns detalhes nessa fonte. Há poucos erros de revisão.

 Fica a minha super recomendação para que vocês leiam "O androide", é uma história fantástica, com um ritmo muito bom, daquelas em que o leitor fica muito curioso para saber o que vai acontecer no próximo capítulo. Agradeço ao Paulo pela oportunidade de ler uma obra que me transportou para uma época que, espero eu, não venhamos a viver.

 Detalhes: 256 páginas, ISBN-13: 9788542808124, Skoob, curta a página no Facebook. Onde comprar online: Submarino, Saraiva, Amazon.

 Por hoje é só, espero que vocês tenham gostado da resenha. Me contem: já conheciam o livro ou o autor?

Até o próximo post!

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