Resumo das postagens do mês de abril

 Olá pessoal, tudo bem com vocês? Hpje venho fazer um resumo do que rolou no blog durante esse mês de abril. Foram 20 posts.

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Essa não é uma foto aleatória. Em abril, o perfil do blog no Instagram também foi bem atualizado, inclusive participei de um desafio fotográfico que resultou nessa foto. Venham acompanhar: @marijleite.
 Começamos o mês com a milésima postagem do blog: o primeiro Top Comentarista do Pétalas de Liberdade, que acaba hoje e vai premiar um leitor com marcadores e outro com um exemplar do livro "Ninfeias Negras".

 Em resenhas, tivemos:

"Ninfeias negras", do francês Michel Bussi, Editora Arqueiro, para quem curte um suspense ou romance policial, além de um pouco de história sobre a pintura.

Continuando na França, tivemos post sobre "A livraria mágica de Paris", um livro lindo e delicado escrito pela Nina George e publicado pela Editora Record. Se você gosta de livros, precisa conhecer essa obra ou pelo menos conferir as citações que estão na resenha.

A livraria mágica de Paris

 "Ler é uma viagem sem fim. Uma viagem longa, até mesmo eterna, no qual nos tornarmos mais brandos, mais carinhosos e mais humanos.
 Max havia começado essa viagem. A cada livro traria para si mais do mundo, das coisas e das pessoas." (página 116)

Ainda na França, além da resenha, “O pequeno príncipe para colorir” com frases e ilustrações baseadas nas originais do autor Antoine de Saint-Exupéry, ganhou um vídeo mostrando detalhes da edição.

Julia Quinn surpreende em “A caminho do altar”, Editora Arqueiro, com um final feliz que parece que não vai chegar, e talvez não chegasse se não tivéssemos um Bridgerton muito apaixonado.

Passando para os Estados Unidos, finalmente saiu a resenha de "Garota Exemplar", da Gillian Flynn, Intrínseca, e é inacreditável o desfecho da história de Nick e Amy, sua esposa desaparecida.

Com personagens adolescentes, "Diga aos lobos que estou em casa", da Carol Rifka Brunt, Novo Conceito, nos leva de volta aos anos oitenta e serve como um alerta para os riscos da AIDS.

"Eu, você e a garota que vai morrer", do Jesse Andrews, Editora Rocco, foi uma leitura divertidíssima, apesar de trazer uma personagem com câncer. Mas já lhes adianto que não tem nada a ver com "A culpa é das estrelas".

“Mentirosos”,  da E. Lockhart, Editora Seguinte, é escrito de forma quase poética e fala sobre uma jovem tentando lembrar da tragédia acontecida em um verão passado.

"Sombras do mundo", da brasileira Daniella Rosa, publicação da Ler Editorial, recomendado para quem curte fantasia e histórias com seres sobrenaturais e um pouco de romance.

Finalmente li "Beco da Ilusão", da Mallerey Cálgara, numa edição linda da Mundo Uno Editora, um livro sobre a Segunda Guerra Mundial que eu tinha medo de ler. O motivo? Vocês descobrem no post.

 Indo para os contos, a antologia "Bichanos", organizada pelo Clayton de La Vie e publicada pela Fonzie, é super recomendada para quem gosta de gatos.

 "O Silêncio da Sereia", da Kate Willians, é uma releitura bem dark de "A Pequena Sereia".

 E continuando nessa temática sombria, "Morte?", do Calebe Mendes, fala sobre um balão que aterroriza uma cidade.

 E no desafio literário 12 meses de Poe, temos ficção científica no conto "A aventura sem paralelo de um tal Hans Pfaall", e poema "Alone" ("Sozinho"), que vocês podem ler no post. Optei por não participar mais do desafio de contos da Clarice Lispector.

 Mais ou menos na onda de "9 verdades e uma mentira", o desafio Escrevendo Sem Medo de abril pedia uma lista com a quantidade de itens sobre nós correspondente a nossa idade, daí surgiu o 25 fatos sobre mim.



 No canal, além do vídeo sobre a edição (linda) de "Beco da Ilusão" e de “O pequeno príncipe para colorir”, no #YouTuberDay postei um vídeo mostrando como é a edição econômica do livro "Eleanor & Park" vendida na Avon. Teve também o resumo das leituras de março e a Caixa de Correio com os livros recebidos em março.

 E para finalizar, fica o convite para que participem da "Promoção Mães Leitoras", com Rô Mierling e blogs parceiros (serão 7 ganhadores!). Além de "Diário de uma escrava", dois sortudos vão ganhar "Mundos Paralelos", o super lançamento da Mundo Estranho.


 Viram só quantas resenhas de temas, autores e editoras diferentes? Quais vocês já leram ou tem vontade de ler? Curtiram os vídeos do canal e tem alguma sugestão de tema para os próximos? Participem do sorteio que está rolando, hein?! Em maio, prometo trazer mais posts bacanas. E como foi o mês de abril para vocês?

Até o próximo post!

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Resenha: conto "O Silêncio da Sereia", Kate Willians

 Olá pessoal, tudo bem com vocês? No post de hoje venho comentar sobre minha experiência de leitura com o conto "O Silêncio da Sereia", da escritora Kate Willians, publicado no formato e-book na Amazon em 2016.

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 O conto é uma releitura dark de A Pequena Sereia. Aria é uma sereia filha de um rei no Reino das Sereias, mas diferente das outras de sua espécie, ela é muda, não tem voz e não pode cantar como suas irmãs, sendo discriminada e ofendida por isso. Os demais parecem acreditar que ela tem alguma deficiência mental, que é uma incapaz, que não pensa nem sente. Aria tem uma vida horrível, sendo abusada por seu pai.

 Por tudo isso e pela inveja que sente das outras sereias, Aria decide tentar se livrar de sua "maldição", mas o preço que um ser das trevas lhe pede em troca da capacidade de cantar é grande demais, inalcançável para ela. Com isso, Aria parte para sua última chance: se encontrar um amor para si, um amor verdadeiro, talvez possa ser livre das maldades de seu pai e ter uma vida um pouco mais digna. Porém, seu príncipe encantado talvez não seja tão nobre assim, e Aria terá que enfrentar obstáculos inesperados.

 Fazia tempo que eu havia lido a sinopse do conto, mas aconselho que vocês leiam ela antes de ler o conto, pois a sinopse irá fornecer uma visão maior do cenário onde a trama se passa. Outra coisa que preciso comentar, é que não vi o filme da Pequena Sereia e não sei bem como é a história, se soubesse talvez tivesse identificado os personagens com mais facilidade.

 Atentem-se para o fato de que é uma releitura sombria, e vocês encontrarão pouco de belo no conto, pois é doloroso ver a forma como Aria e sua mudez são tratadas e algumas coisas que os demais personagens fazem. Não é uma leitura que eu recomendo para quem prefere histórias felizes como contos de fadas, pois especialmente o desfecho é inesperado e me deixou com algumas hipóteses para entender a motivação. Quando você acha que a personagem já passou por todas as provações que poderia passar, eis que surgem outras!

 O conto tem apenas 39 páginas, sendo uma leitura rápida, e eu acredito que a história poderia ficar ainda mais interessante caso se tornasse um livro maior e mais detalhado, com um ritmo menos acelerado. A capa é bem bonita e há poucos erros de revisão no e-book.

 Detalhes: 39 páginas, Skoob, blog da autora, canal, fan pagecompre na Amazon. Outros livros da Kate: Distopia (confira a resenha aqui), A Fada Madrinha, Debaixo das minhas asas, Hunter (sabia mais clicando aqui).

 Por hoje é só, me contem: gostaram da resenha? Já conheciam a obra ou outras da Kate?

Até o próximo post!

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25 fatos sobre mim (Projeto Escrevendo Sem Medo #ESM Abril)

 Olá pessoal, tudo bem com vocês? No desafio de escrita que estou participando, o Escrevendo Sem Medo, o tema do mês de abril era "Um fato sobre mim para cada aniversário". Com isso, hoje venho trazer uma lista com um fato para cada um dos meus vinte e cinco anos. Vamos lá!

Foto aleatória da minha estante

1 - Tenho 25 anos, mas muita gente acha que tenho menos.
2 - Não consigo deixar livros no plástico, tenho que abri-los para ver como são por dentro. Vai que veio faltando alguma página.
3 - Estou no último ano do curso de Pedagogia.
4 - Em toda a minha vida, infelizmente, só fui uma vez no cinema.
5 - Não gosto de andar em escada rolante.
6 - Leio de tudo, mas não resisto a um romance de época.
7 - Ainda não terminei de ler a série Harry Potter.
8 - Escrevo com a mão esquerda.
9 - Já vi uma onça de perto.
10 - Sempre tirei boas notas em Matemática.
11 - Amo sorvete, de preferência de frutas.
12 - Não tenho vontade de morar numa cidade grande.
13 - Só entrei em uma livraria uma vez na vida, até hoje.
14 - Gosto de todo tipo de música, ouço um pouco de tudo.
15 - Não sei falar inglês, já tentei fazer um curso online mas desisti.
Antologia onde tenho um conto publicado
16 - Tenho vontade de escrever um livro, até já anotei várias ideias para histórias, agora é conseguir tempo e disciplina para escrever (já publiquei 2 contos em antologias).
17 - Depois de ler, acho que dormir é o que eu mais gosto de fazer.
18 - Se eu fosse um animal, talvez eu seria um gato (vide item 17).
19 - "As vantagens de ser invisível" é meu livro favorito, mas ainda não consegui ver o filme.
20 - Sou a cara da minha mãe, mas a testa é igual a do meu pai.
21 - Não tenho uma cor preferida, não consigo escolher uma só!
23 - Faço aniversário no dia 24 de dezembro.
24 - Não gosto do inverno nem de dias chuvosos.
25 - Me sinto bem só de olhar para minha estante cheia de livros.

 E achei que ia ser bem mais fácil fazer essa lista! Quando ia digitar o item 1, pensei que seria moleza escrever os demais, mas dava um branco e eu ficava pensando o que contar. Como vocês podem ver, tem muitos itens relacionados aos livros, como esse é um blog literário, acho que faz sentido, né?!

 Espero que vocês tenham gostado. Me contem se temos algo em comum. Lembrando que  a cada comentário feito no blog durante o mês de abril, você concorre ao livro "Ninfeias Negras" (mas tem que deixar seu nome e e-mail nesse formulário).

 Para saber mais sobre o projeto, confira:

Até o próximo post!

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Resenha: conto "Morte?", e duas perguntas para Calebe Mendes

 Olá pessoal, tudo bem? No post de hoje venho fazer alguns comentários sobre "Morte?", um conto escrito pelo Calebe Mendes e publicado no Wattpad. é um conto curtinho, mas com uma história bem interessante.

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 Kaique é um adolescente que vive numa cidade onde a população é assombrada por um balão. Não é um balão comum, mas um balão que toda vez que sobrevoa a cidade, causa pânico. O criador desse balão é uma espécie de cientista, que consegue prever quando alguém da cidade vai morrer, e quando ele sabe que a morte chegará, manda o balão sobrevoar a cidade e os moradores ficam desesperados, pois sabem que um deles morrerá nas próximas horas.

 Após a leitura, fiquei pensando, será que esse cientista podia mesmo prever quando a morte chegaria? Pois se a aparição do balão causava tanto pânico, poderia muito bem fazer com que moradores mais frágeis e com alguma doença potencializada pela tensão e pelo estresse viesse a falecer.

 Além de me fazer lembrar de O Mágico de Oz, o conto também tem um ar de fábula, pois seu desfecho traz uma espécie de "moral". Tememos tanto a morte, mas será que alguém consegue realmente prever quando ela chegará?

 Duas perguntas para Calebe Mendes:

 Depois da leitura do conto, me bateu uma curiosidade, e aproveite que sou amiga do Calebe no Facebook e fiz algumas perguntinhas para ele para saber mais sobre a história por trás da história do conto. Confiram o que o Calebe contou:

 Maria - "Morte?" é a primeira história que você escreve e publica ou já tem outras obras escritas e/ou publicadas?
 Calebe - Sim, eu participei de uma antologia distópica a um tempo. E foi ai que ingressei no mercado literário. Já escrevi outros contos mas nenhum foi publicado, infelizmente, Foi aí que descobri as antologias que as editoras promoviam para autores iniciantes. E resolvi arriscar.

 Maria - Como surgiu a ideia para o conto? 
 Calebe - Do nada eu vejo uma postagem de um amigo meu no Facebook, com a capa do livro, falando assim: "Quem quiser participar da antologia, se inscreva em tal link." Me interessei e procurei saber mais. Como eu disse antes, era uma antologia de distopia, e eu não tinha nenhuma historia pronta com esse tema. A partir daí comecei colocar a mente pra funcionar. E com toda essa correria não tive tempo de pensar direito. Me inspirei em Jogos Vorazes, Maze Runner, entre outros. Mas a ideia em si surgiu na minha mente quase que involuntariamente... Eu estava dormindo, E nessa hora toda a história se completou na minha mente.

 Agora que vocês já sabem um pouco sobre o conto, convido vocês para lerem ele no Wattpad, é só clicar aqui. E quem quiser acompanhar o blog literário do Calebe, é só acessar: infinitoparticulardoslivros.blogspot.com.

 Me contem: o que acharam da proposta do conto? Temeriam também a aparição do balão? Lembrando que: comentando na resenha você concorre ao livro "Ninfeias Negras", mas é necessário deixar nome e e-mail no formulário desse post.

Até o próximo post!

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Resenha: conto "A aventura sem paralelo de um tal Hans Pfaall" e poema "Alone" ("Sozinho"), Edgar Allan Poe #12mesesdepoe

 Olá pessoal, tudo bem com vocês? E vamos para a resenha de mais uma leitura feita para o desafio literário 12 meses de Poe. Em abril, lemos o conto "A aventura sem paralelo de um tal Hans Pfaall". Se comparado aos demais textos lidos no desafio, é um conto relativamente longo, com cerca de 20 páginas.

Fonte da imagem: fan page 12 meses de Poe

 Diferente de outras histórias do autor, no conto do mês, o protagonista tem um nome: Hans Pfaall. Ele era um homem desesperado por causa de suas dívidas, e para fugir dos seus credores decidiu fazer um balão e ir morar na Lua! No conto, ele relata como foram os estudos para a criação do balão e seu diário de viagem. Vocês acham que essa viagem seria possível? E o que ele encontraria na Lua?

 Como já mencionei, é um conto um pouco maior do que os outros que já li dele, e como fui lendo-o  no celular quando surgia um tempinho, acabou que não consegui me conectar muito com a história. Talvez isso se deva também ao fato de que é um conto de ficção científica e que, enquanto eu lia, me sentia novamente nas aulas de Física da escola, com seus cálculos de distância entre um ponto e outro, velocidade, ângulos, e confesso que não dominava totalmente essas matérias.

 Acredito que para a época em que a história foi escrita e publicada pela primeira vez (século dezenove), e se lida no formato impresso ou numa tela maior do que a do celular, a história ficaria ainda mais interessante. E como uma das marcas das obras do autor, temos um desfecho que nos apresenta algumas possibilidades sobre as aventuras de Hans Pfaall, e cabe a nós, leitores, escolhermos em qual acreditar.

 O poema de abril foi "Alone", que em Português significa "Sozinho". Li o poema três vezes no arquivo enviado para os participantes do desafio, e não conseguia entender seu significado. Aí fui lê-lo em outra tradução, enviada pela Anna (a organizadora do desafio) no e-mail mensal que ela manda para os participantes, e aí sim pude compreendê-lo. Vou colocar aqui o poema que a Anna enviou para vocês poderem ler, aí vocês já poderão conhecer pelo menos uma das obras do Edgar Allan Poe:

 Poema "Sozinho", Edgar Allan Poe
 Não fui, na infância, como os outros
e nunca vi como outros viam.
Minhas paixões eu não podia
tirar de fonte igual à deles;
e era outra a origem da tristeza,
e era outro o canto, que acordava
o coração para a alegria.
Tudo o que amei, amei sozinho.
Assim, na minha infância, na alba
da tormentosa vida, ergueu-se,
no bem, no mal, de cada abismo,
a encadear-me, o meu mistério.
Veio dos rios, veio da fonte,
da rubra escarpa da montanha,
do sol, que todo me envolvia
em outonais clarões dourados;
e dos relâmpagos vermelhos
que o céu inteiro incendiavam;
e do trovão, da tempestade,
daquela nuvem que se alterava,
só, no amplo azul do céu puríssimo,
como um demônio, ante meus olhos.

 Por hoje é só, espero que tenham gostado do post. Me contem o que acharam da premissa do conto, e se gostaram do poema. Lembrando que comentando nesse post, você concorre ao livro "Ninfeias Negras" (publicado pela Arqueiro), mas é preciso deixar nome e e-mail para contato nesse formulário (clica). Recomendo que vocês assistam também o vídeo da Anna sobre o conto.

 Veja as demais resenhas e posts sobre o desafio clicando em: #12mesesdePoe.

Até o próximo post!

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Resenha: livro "Beco da Ilusão", Mallerey Cálgara

 Olá pessoal, tudo bem com vocês? No post de hoje venho comentar sobre minha experiência de leitura com o livro "Beco da Ilusão", escrito pela Mallerey Cálgara e publicado pela Mundo Uno Editora em 2016.

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 "A razão das pessoas está sendo testada, e a insanidade está vencendo." (página 156)

 Sarah Wainness é a narradora, mas antes de ter esse nome, ela teve muitos outros. O primeiro foi Yidish, quando ela era uma garotinha de família judia que se mudou com os pais e os irmãos para Berlim, cidade onde se encantou pelo balé e fez amigos: Anton e Erdmann.

 "Berlim agora não era para mim só uma cidade encantadora, mas havia se tornado a melhor cidade do mundo. Ela havia me apresentado o balé." (página 25)

 Porém, a Segunda Guerra Mundial chegou e a pequena Yidish viu seus sonhos serem destruídos, ainda que em sua aparência ela não se assemelhasse ao demais judeus. Ela foi separada dos pais e passou a não ter mais controle sobre sua vida, tento que obedecer as ordens dos nazistas se quisesse permanecer viva e tentar reencontrar sua família e amigos. Trabalhou em campos de concentração, auxiliou em enfermarias, e até num bordel ela foi parar.

 "Um minuto se passou. Depois outro. E chegou o momento em que não pude mais negar para mim mesma o incrível fato de que, por alguma reviravolta triste do destino, eu, Yidish, havia me tornado um fantoche nas mãos dos nazistas." (página 76)

 Esse foi o segundo livro que li da Mallerey, o primeiro foi "O Segredo da Caveira de Cristal", leitura que tinha me deixado de queixo caído. Juntando-se a isso as resenhas super positivas que eu tinha lido sobre "Beco da Ilusão" e a temática da Segunda Guerra Mundial (sobre a qual já li um número considerável de obras, e talvez estivesse um pouco cansada do assunto, mas se é um livro da Mallerey vale abrir uma exceção!), confesso que eu estava até com medo de realizar esse leitura. Era olhar para capa e pensar: "Vou chorar horrores!", mas não chorei (mas talvez você chore!).

 "Confesso que não gostei de Hitler, porque ele não gostava dos judeus. Não sabia a razão de ele ter essa aversão à nossa família, pois nós nem o conhecíamos e não havíamos lhe feito nenhum mal. Só sabia quem ele era porque a sua foto estava por todos os lugares da cidade." (página 32)

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 A Sarah/Yidish na infância é uma menina que encanta pelo seu jeito de ver a vida, ela é inocente e, ao mesmo tempo, esperta. Sabe aqueles personagens que te fascinam? Que você vê ganhando vida na sua frente? Que te fazem visualizar as cenas enquanto contam? A Yidish é assim. Acompanhamos seus relatos sobre a vida em Berlim, a casa nova e grande, a relação com os pais e os irmãos, a amizade com Anton e Erdmann, dois garotos alemães, o rádio como companhia e forma de saber as notícias do mundo, as dificuldades que a família começa a enfrentar por serem judeus, a escassez de comida, a falta de dinheiro e de trabalho, as tentativas de burlar o regime nazista... Até que Yidish não existe mais, ela se perde em meio ao terror que se instala na Alemanha, e se não tivesse anjos da guarda improváveis, talvez não pudesse contar sua história.

 "Casa. Essa palavra soava tão vaga, tão distante, que pareceu naquele momento não ter nenhum significado. Invadiram o meu lar, minha vida e agora... O meu corpo? O que mais eles poderiam querer de mim? Minha alma?! Mas era era livre. Já deixara de me habitar há muito tempo." (página 144)

 "Beco da Ilusão" é um livro curto, de leitura rápida graças à fluidez da escrita da autora e aos capítulos não muito extensos. É visível que foi necessário um bom trabalho de pesquisa para que a história fosse contata entrelaçando-se com os fatos históricos. Encontramos personagens muito marcantes, além da Sarah: seu pai e sua mãe, o irmão mai velho, as três irmãs, Anton e os pais, Erdmann e o pai, todos tem um perfil muito bem traçado.

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 A Mundo Uno Editora faz livros bonitos, mas em "Beco da Ilusão" ela se superou! A capa tem tudo a ver com a trama, há ilustrações de arame farpado em algumas partes, as páginas são amareladas, há poucos erros de revisão, a diagramação traz letras, margens e espaçamento de bom tamanho. No final, há algumas notas explicando determinados termos. Na divisória de um capítulo para o outro há uma página preta, com fotos que, em sua maioria, são da Alemanha na Segunda Guerra Mundial, e algumas são bem chocantes! Além das fotos, há uma frase daquele ser asqueroso chamado Adolf Hitler. A primeira página de cada capítulo é cinza e tem uma ilustração linda de pássaros. Você pode conferir mais detalhes da edição no vídeo:



 Confesso que ao finalizar a leitura ainda fiquei querendo algumas respostas, minha curiosidade em saber o que exatamente aconteceu com alguns personagens, dois em especial, persiste. Além disso, a explicação para o fato de Sarah ser diferente das outras pessoas de sua família foi algo bem inesperado. Talvez alguns capítulos a mais ou um epílogo maior pudessem acalentar mais o coração dessa leitora que vos fala.

 "Tudo o que a memória amou já ficou eterno. E entre tudo o que você poderia ser para mim na vida, a vida escolheu torná-lo saudade..." (página 11)

 "Beco da Ilusão" é um livro que recomendo, pela boa escrita da autora, pelos personagens marcantes, e para que tenhamos mais uma visão desse período triste que foi o nazismo. É chocante ver quantas atrocidades foram cometidas, e como cada pessoa (até mesmo crianças) podia ser um pouco má, compactuando com as crueldades contra outros seres humanos. "Beco da Ilusão" é uma leitura rápida, com cenas fortes, sobre amizade, amor e sobre crescer no meio de uma guerra.

 "Eu permaneço sentada em silêncio, limpando as lágrimas da viagem ao tempo, tomada pela dor profunda da saudade, que é como uma faca de dois gumes... Ao mesmo tempo em que refresca a memória, corta a alma." (página 114)

 Detalhes: 280 páginas, ISBN-13: 9788567218069, Skoob (a média de notas é 5 de 5!), blog da autora. Onde comprar online: Saraiva, loja da editora.


Até o próximo post!

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Resenha: livro "Sombras do mundo", Daniella Rosa

 Olá pessoal, tudo bem com vocês? No post de hoje venho comentar sobre minha experiência de leitura com o livro "Sombras do mundo: crenças e criaturas", escrito pela Daniella Rosa e publicado pela Ler Editorial em 2015.

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 "Não sei se você compartilha da minha percepção, mas para mim, o mundo moderno não ajuda em nada a controlar minhas inseguranças e insanidades. Sinto a ambição e a crueldade tão disseminadas quanto à própria informação e a facilidade de conexão com o mundo. Vejo, dia após dia, o mundo assistir passivamente o seu lento e inevitável declínio. Acompanho os meios de transmissão anunciando tragédias e enfatizando o tempo todo que estamos mergulhados em violência e maldade. Mas, para mim, a maldade é que está mergulhada dentro de nós, cada vez mais fundo.
 Incomoda-me ver que a violência faz parte de nossas vidas, de uma forma tão intrínseca, que a torna ainda mais ameaçadora do que sua própria definição. É comum ouvir que se trata de uma questão cultural. Mas se cultura é, segundo uma de suas definições, tudo aquilo que é produzido pela inteligência humana, eu me pergunto qual é a inteligência por traz de tanta violência." (página 6)

 A narradora, Alany, é uma jovem novaiorquina que gosta da natureza, tanto que cursa biologia. Ela prefere ficar em casa ao invés de ir para baladas, talvez pela perda recente do pai, além do fato de Alany ter um dom: é como se ela enxergasse a cor da alma, ou da aura de uma pessoa. Alany vê se a pessoa tem bons sentimentos e intenções ou não, e pode ser desagradável e desgastante estar num ambiente lotado de pessoas com más intensões. Apenas Carol, uma de suas amigas, sabe desse "dom" que a jovem tem, e a ajuda a conviver com ele.

 Até que, no dia de seu aniversário, alguns colegas da faculdade conseguem convencer Alany a sair, e eles vão comemorar em um bar com música ao vivo. A jovem se encanta pela voz do cantor que está se apresentando, e depois do show os dois conversam um pouco. Porém, Carol parece não gostar muito dessa aproximação. Com outra amiga, Alany passa a tentar reencontrar o cantor, cujo nome é San, mas sem contar para Carol que, por algum motivo oculto, desaprova o envolvimento dos dois.

 Eis que, além do seu dom, Alany passa a ter sonhos cada vez mais estranhos com um homem misterioso e de aparência assustadora. A situação fica mais tensa quando esse homem começa também a aparecer em sua vida real. Quem seria ele? O que ele poderia querer com a jovem? Será que ele tinha a intenção de lhe fazer algum mal ou à sua avó, a única família de Alany após a morte do pai?

 "Como pode insinuar que eu não seja humana? Percebe o quanto isso não faz o menor sentido? - eu sempre gostei de histórias mitológicas, fábulas e até histórias de dragões, mas estar dentro de uma delas e ainda fazer parte do elenco já era demais." (página 98)

 "Sombras do mundo" começa num universo relativamente normal, afinal, Alany poderia ser apenas uma pessoa com uma sensibilidade mais aguçada. Mas conforme os capítulos vão se passando, o livro se mostra uma fantasia repleta de seres sobrenaturais e fantásticos, como lobisomens, elementais, bruxas e vampiros.

 Esse é o primeiro livro da autora, e acredito que ela tenha um grande potencial, pois é inegável que precisa de muita criatividade para criar uma história como a que vemos em "Sombras do mundo". Achei interessante a "justificativa", a explicação para a existência de seres sobrenaturais em nosso mundo, e as descrições deles e de suas habilidades ficou bem convincente.

 Sabe quando a gente vai lendo e não tem nenhuma ideia de para onde a história se direcionará? Foi assim que me senti durante a leitura. Esse é o primeiro volume de uma série, e acredito que nos próximos, muitas questões que ficaram em aberto para mim podem finalmente ser solucionadas.

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 A edição da Ler tem uma capa bem bonita, páginas amareladas, diagramação com letras, margens e espaçamento de bom tamanho, mas precisaria de uma revisão melhor.

 Em "Sombras do mundo" você encontrará seres sobrenaturais, muitos segredos e uma pitada de romance.

 Detalhes: 280 páginas, ISBN-13: 9788568925140, Skoobcompre na loja da editoraLivraria da Folha.

 Por hoje é só, espero que vocês tenham gostado da resenha de hoje. Me contem: já conheciam o livro ou a autora? Lembrando que: comentando na resenha você concorre ao livro "Ninfeias Negras", mas é necessário deixar nome e e-mail no formulário desse post.

Até o próximo post!

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Vídeo: como é a edição econômica do livro "Eleanor & Park" vendida na Avon #YouTuberDay

 Olá pessoal, tudo bem com vocês? Não sei se já viram, mas no catálogo da Avon, está sendo vendido o livro ''Eleanor & Park", da escritora Rainbow Rowell. Era um livro que eu queria desde que a Novo Século lançou, lá em 2014, mas nunca encontrava num preço bom no momento em que eu podia comprar. Então, quando ele apareceu na revista Moda & Casa da Avon, resolvi comprar, mesmo sendo uma edição em formato econômico. E no vídeo que trago hoje, comento como é e o que achei dessa edição econômica, apertem o play para conferir:


 Trouxe também algumas fotos para vocês verem mais detalhes da edição:

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Capa
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Diagramação
 Sinopse: Eleanor & Park é engraçado, triste, sarcástico, sincero e, acima de tudo, geek. Os personagens que dão título ao livro são dois jovens vizinhos de dezesseis anos. Park, descendente de coreanos e apaixonado por música e quadrinhos, não chega exatamente a ser popular, mas consegue não ser incomodado pelos colegas de escola. Eleanor, ruiva, sempre vestida com roupas estranhas e “grande” (ela pensa em si própria como gorda), é a filha mais velha de uma problemática família. Os dois se encontram no ônibus escolar todos os dias. Apesar de uma certa relutância no início, começam a conversar, enquanto dividem os quadrinhos de X-Men e Watchmen. E nem a tiração de sarro dos amigos e a desaprovação da família impede que Eleanor e Park se apaixonem, ao som de The Cure e Smiths. Esta é uma história sobre o primeiro amor, sobre como ele é invariavelmente intenso e quase sempre fadado a quebrar corações. Um amor que faz você se sentir desesperado e esperançoso ao mesmo tempo. (Skoob)

 Pelo que eu andei pesquisando (aqui e aqui), a edição normal tem alguns detalhes no lado de dentro da capa.

 Atenção: vale lembrar que os livros vendidos pela Avon variam de campanha para campanha, para saber se "Eleanor & Park" está sendo vendido e qual o preço, você pode procurar uma revendedora ou olhar no site: http://www.avon.com.br/folheto-virtual.

#YouTuberDay


 Não sei se vocês repararam, mas ali no título coloquei a tag #YoutuberDay, é que no dia 23/04/2005, foi upado o primeiro vídeo no Youtube, por esse motivo a data foi escolhida para representar o Dia do Youtuber. "O Dia do Youtuber serve para promover todos os criadores de conteúdo, nacional ou internacional, através do engajamento da comunidade, em todas as redes sociais." Fiquei sabendo sobre a data pelos grupos do Facebook, e para saber mais sobre ele é só acessar o evento online: www.facebook.com/events/1506667046050098.

 Graças ao criadores de conteúdo do YouTube, campo onde estou dando meus primeiros passos, é possível, entre muitas outras coisas, ver como é a edição econômica de um livro e poder decidir se vale ou não a pena comprá-lo. Todos os dias, um número enorme de pessoas está gravando, editando e assistindo vídeos sobre qualquer conteúdo que se possa imaginar. Então, nesse dia, que tal valorizar ainda mais os Youtubers? Pode ser fazendo um vídeo ou um post no blog ou em redes sociais sobre a data, pode ser se inscrevendo, curtindo, comentando ou compartilhando aquele vídeo legal de um canal que você gosta. A interação é o que motiva grande parte dos Youtubers a seguir em frente!

 Se você ainda não é inscrito no canal do blog, que tal se inscrever: https://www.youtube.com/channel/UCA6rN2MY2Lhvi4zSgQ6opAA? Se também tem um canal, deixa aí nos comentários para que eu e os leitores do blog possamos conhecer.

 Por hoje é só, espero que tenham gostado do post. Me contem: alguém aí já leu "Eleanor & Park"?

Até o próximo post!

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Resenha: livro "Ninfeias negras", Michel Bussi

 Olá pessoal, tudo bom com vocês? No post de hoje venho comentar sobre minha experiência de leitura como o livro "Ninfeias negras", escrito pelo francês Michel Bussi, e publicado no Brasil pela Editora Arqueiro em 2017. Lembrando que o livro está sendo sorteado no blog, e para concorrer é só comentar nos posts do Pétalas de Liberdade durante o mês de abril, mas é preciso deixar nome e -mail para contato nesse formulário.

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 "Tenham certeza de uma coisa, uma só: não há coincidência alguma em toda essa série de acontecimentos. Nada foi deixado ao acaso nessa história, muito pelo contrário. Cada elemento está no seu lugar, exatamente no momento certo. Cada peça dessa engrenagem criminosa foi cuidadosamente posicionada e, acreditem, posso lhes jurar sobre o túmulo do meu marido: nada poderá detê-la." (página 75)

 Talvez vocês já tenham ouvido falar no pintor francês Claude Monet (1840-1926). Ele morou parte da sua vida em Giverny, uma cidadezinha que ficou famosa por ser o cenário de alguns dos quadros mais famosos do pintor, entre eles, uma série de quadros onde ele retratava plantas chamadas ninfeias. É em Giverny que a história do livro se passa. Um médico é encontrado morto, com uma punhalada no coração, tem o crânio esmagado por uma pedra e depois é arrastado de forma que sua cabeça fique submersa num rio de pequena profundidade e extensão de Giverny, aí começa a investigação sobre quem matou o médico Jérôme Morval.

 O excêntrico inspetor Laurenc Sérénac e seu ajudante, Sylvio Bénavides, são os encarregados da investigação. O início da obra nos leva a crer que três personagens femininas possam ter envolvimento com o crime. A primeira é Fanette, uma garota de dez, quase onze anos, que sonha em seguir os passos de Monet (no bolso de Jérôme Morval foi encontrado um cartão de aniversário para alguém que estaria completando onze anos). A segunda é a bela professora da escola, Stéphanie Dupain, casada com um marido ciumento e, segundo fotos anônimas, alvo do interesse amoroso de Morval (ainda que ele fosse casado). E a terceira é uma senhora de 84 anos, que vive num moinho, e é a única personagem que narra em primeira pessoa (as demais partes são narradas em terceira pessoa), alguém em quem supostamente ninguém prestaria atenção, por sua idade avançada, mas é uma personagem capaz de coisas que inicialmente chocam.

 "- Olhe para esse jardim, inspetor, as rosas, as estufas o laguinho. Vou lhe revelar um outro segredo. Giverny é uma armadilha! Um cenário maravilhoso, sem dúvida alguma. Quem poderia sonhar em viver em outro lugar? Um vilarejo tão bonito. Mas vou lhe confessar: o cenário está paralisado. Petrificado. É proibido mudar a decoração de qualquer casa, pintar uma parede, colher uma mísera flor. Dez leis proíbem tudo isso. Nós aqui vivemos dentro de um quadro. Estamos emparedados!” (página 166)

 "Ninfeias negras" só me conquistou mesmo nos capítulos finais, com a resolução do mistério do caso (que pode não agradar todo mundo, mas agradou a mim). Até então, era apenas mais uma leitura sobre a vida em um lugar turístico, que não é o mar de rosas que quem só passa por lá de visita pode imaginar, uma história sobre a arte e Monet, e um daqueles suspenses policiais onde todos são suspeitos e o quebra-cabeças do caso parece ter muitas peças que dificilmente se encaixam. Já estava ficando até irritada, pois toda hora que parecia que uma parte do mistério (cada vez maior) seria solucionada, a narração mudava de foco! Aí vinha uma pista, e a narração mudava de novo. Além disso, o tal do investigador Sérénac só se interessava pela linha de investigação que conduzia à professora Stéphanie! Até que veio a resolução do caso, foi como "levar um soco no estômago" (nunca levei um [e nem quero], então não sei exatamente como é a sensação, mas imaginem levar um choque). As pistas estavam todas lá! Não ficou furo nenhum. E para conseguir escrever uma história dessas, tenho que tirar meu chapéu (imaginário) para o autor, pois haja criatividade!

 "Agora, James quer viver!
 Não para não morrer. Sua vida tem tão pouca importância. Quer viver para impedir o que advinha, para deter aquela monstruosa e inelutável engrenagem, aquela terrível maquinação na qual ele não passa de um restolho, um drama secundário." (página 149, um dos capítulos mais impactantes do livro para mim)

 Sem dar spoilers, o que já falei lá no instagram e que repito aqui, é que a história fala sobre uma coisa que infelizmente existe, mas tem que acabar! Nenhuma pessoa merece passar por isso! Temos que lutar para que esse tipo de comportamento deixe de existir!

 "Não sei se vocês repararam, mas cada vez mais são as mulheres que dirigem esses imenso veículos. Principalmente na zona rural. Há algum tempo nunca se viam mulheres dirigindo ônibus. Isso com certeza se deve ao fato de, nos vilarejos, apenas os velhos e as crianças usarem o transporte público. Sim, só pode ser por isso que chofer de ônibus não é mais uma profissão masculina." (página 46, Michel Bussi, através da velha do moinho, fala sobre algo que já foi mencionado nas minhas aulas na faculdade: quando uma profissão fica desvalorizada, os homens as abandonam e as mulheres acabam ocupando essas vagas, é o que aconteceu na Pedagogia [meu curso], na página seguinte ele comenta, ainda através da personagem idosa, como os táxis, em sua maioria dirigidos por homens, cobram caro de quem não tem outra opção.)

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 A edição da Arqueiro traz uma capa bonita (adaptada da original), páginas amareladas, letras, margens e espaçamento de bom tamanho. Há uma parte onde há uma pequena "confusão" de narração entre primeira e terceira pessoas que não sei se foi um erro ou uma pista.

 "De repente, Sylvio põe as duas mãos espalmadas sobre a mesa.
 - Bonita ou não, a questão não é essa. Não é assim que funciona. É uma imbecilidade querer que sua mulher seja a mais linda do mundo. O que isso quer dizer? Não é uma competição! Sempre vai haver em algum lugar uma mulher mais bonita do que a que vive ao seu lado. E, mesmo que você consiga se casar com a Miss Universo, um dia ela vai acabar envelhecendo. Seria preciso pôr a nova Miss Universo na sua cama todos os anos, é isso?" (páginas 82 e 83, o Sylvio foi um dos personagens que mais gostei!)

 Enfim, "Ninfeias negras" é um livro surpreendente, daqueles em que não se pode confiar em ninguém. Pode não ser uma leitura que prende rapidamente o leitor, pela grande quantidade de pistas e pelo tempo que elas demorar para se encaixar, mas foi um livro que eu terminei e fiquei pensando por muito tempo nos personagens e na história, eles foram me cativando aos pouquinhos. Ressalto que há cenas bem pesadas na trama, esteja preparado. Por fim, digo que depois de tanta tensão e sofrimento, bem que o Michel Bussi poderia ter escrito pelo menos mais uma cena para aquecer um pouquinho mais os nossos corações com aquele desfecho. Se posso lhes dar mais um conselho antes de iniciarem a leitura: não acreditem em tudo o que é dito no livro, há muita coisa para desviá-los do foco.

 Detalhes: 352 páginas, ISBN-13: 9788580416329, Skoob. Onde comprar online: Submarino, Americanas.

 Por hoje é só, espero que tenham gostado do post. Me contem o que acharam da resenha.

Até o próximo post!

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