Conheça "Dois Dedos", o novo livro do Pedro Pennycook

 Olá pessoal, tudo bem? Hoje venho apresentar mais um livro bacana para vocês: "Dois Dedos", o novo livro de poesias do Pedro Pennycook que está em pré-venda na loja online da editora Autografia. A capa linda:

Conheça "Dois Dedos", o novo livro do Pedro Pennycook

 Sinopse: O Dois Dedos passa um sentimento de melancolia, conformismo e desesperança. O livro segue a estória do antecessor, (DES)AMOR, encontrando a personagem em total desilusão com seu estado — catatónico e apreensivo com tudo que se passara.

 Informações de contato do autor → Email: pedropennycook@gmail.com, Facebook: Pedro Pennycook. Para adquirir, acesse: http://www.autografia.com.br/loja/pre-venda:-dois-dedos-os-livros-serao-entregues-apos-o-lancamento/detalhes.

 Abaixo, colocarei um dos poemas do Pedro que eu li e gostei bastante, para vocês já conhecerem um pouquinho da escrita dele:

Coraline.

perdi-me aí dentro.

vai, achas-me depressa

pois ainda sei que tenho 

o que viver. então achas-me

em ti, para eu ser e florescer 

mesmo que sem flor ou cor

ou cheiro ou broto ou raízes

ou mesmo uma bituca de cigarro 

velho, como o primeiro poema 

escrito deste velho — cinzeiro —

quem lembrará no futuro, quando 

tudo estiver escuro; e s'eu ainda

estiver perdido aí, dentro de ti? 

então tenta, tenta mais uma vez.

mas achas-me por uma logo, 

já não ando sem teus pés

ou como sem teus lábios 

ou vivo sem teu sangue

que decidiu mudar de veia 

justo para o par que parecia, 

de tão certo, errado.

então vai, faz de uma vez.

acha-me solto, perambulando

em teu espírito. acha-me em pó, 

carreira em cancha reta de tanto

que abusei — do primeiro ao último, 

hein? quem lembrará dos versos

quando forem só o que restarem

das minhas cinzas amargas

numa narina fraca e mansa, 

um beijo de criança,

uma garganta seca,

um afago de dama,

mais um morto d’amores 

que s’afoga na lama.

pois vai, achas-me duma vez.

já não aguento teu sorriso de cocaína

em meus olhos de Coraline, enferrujados

e abotoados para sempre no passado

— junto a ti. vai, busca-m’aí. que sei ainda 

ser servil, sei ainda ser teu. nem que por uma

brincadeira, nem que por um truque sádico 

de saudade. vai. só digita d e v a g a r,

como quem a procurar, 

costurando teu destino 

em meus botões

mais uma vez. 

 E aí, gostaram do poema? Alguém já conhecia o autor?

Até o próximo post!

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7 comentários

  1. Oi Mari, adorei o poema, e como não conhecia o autor, me chamou mais atenção ainda para o livro. Obrigada pela dica.
    Bjs, Rose

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  2. Oie Mari! Estou encantada com a capa do livro, e adorei o poema, me parece ser um livro bem emotivo. Você chorou ?

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    1. Eu só li alguns poemas, não cheguei a chorar, mas parecem ser poemas tocantes.

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  3. Olá, feliz natal!
    Realmente até por esse poema lindo a gente percebe um leve saudosismo do tipo daquele que nunca existiu. Já sentiu saudade de algo que nunca viveu? Eu já! rsrsrs
    Bjs

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  4. gosto muito de livros que tratam de melancolia, tristeza etc, acho são sao leituras que nos acrescentam muito e nos fazem refletir
    nao conhecia o autor, mas gostei da premissa e ja quero ler

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  5. OI. Estou com o livro e curtindo a escrita do autor, ele é bem simpático e já se mostra um talento, quero ter a oportunidade de ler o primeiro livro.

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  6. Oii, tudo bem?
    Primeiramente eu adorei essa capa, os tons dela são muito lindos, eu também adorei o poema e com certeza vou procurar mais sobre o livro.

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